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      O sítio dos Gverreiros
      António Costa
      2023/09/17
      E3
      "O sítio dos Gverreiros” é uma coluna de opinião de assuntos relativos ao SC Braga, na perspetiva de um olhar de adepto braguista, com o sentido crítico necessário, em busca de uma verdade externa ao sistema.

      A nível internacional o SC Braga esteve, até à data irrepreensível, conseguindo quatro vitórias em outros tantos jogos, dando corpo ao sonho de toda a Legião de marcar presença na competição dos melhores da Europa. A fase de grupos, tão desejada, começa já na próxima semana coma visita à
      Pedreira do Nápoles, numa etapa em que também competem o Real Madrid e o Union de Berlin.

      A liga portuguesa tem mostrado duas caras nos bracarenses, uma vez que a inconstância tem sido um denominador comum dos vários jogos. Com esta irregularidade os números não avalizam os objetivos que vão sendo falados e são, até, motivo de elevada preocupação do mundo braguista.

      A liga abriu em Braga e a surpresa também apareceu no evento, mesmo sem qualquer convite, uma vez que o vizinho Famalicão, surgindo em Braga com alguma fragilidade de quem estava a integrar jogadores, mas, nem isso impediu a equipa de chegar viva ao intervalo, quando perdia pela margem
      mínima, e pensar na inversão do resultado, o que acabou por conseguir na parte final do encontro, com o golo triunfante a acontecer quando os descontos já iam altos. Os sinais brácaros não foram, por isso, animadores e deixavam no ar algum uma certa preocupação nas almas dos adeptos.

      Em seguida, surgiu a visita a Chaves, que levou um mar de gente de vermelho e branco a efetuar essa deslocação no apoio à equipa, com o desejo que o jogo inaugural tivesse sido um acidente de percurso. O triunfo (4-2) alegrou as almas braguistas, ainda que alguns períodos da partida tivessem
      aumentado as preocupações da Legião, principalmente quando sofreu dois golos muito parecidos, mostrando uma fragilidade central, que não seria expectável, que os flavienses aproveitaram para incomodar quem os visitava.

      A terceira ronda passou a ser cronologicamente a quarta, uma vez que o seu adiamento levou à Pedreira o Sporting antes da partida de Moreira de Cónegos. Percorrendo o tempo, a visita do Sporting, sempre incómoda pela qualidade adversária, terminou com um empate a um golo, depois de
      uma recuperação bracarense da desvantagem que os leões conseguiram cedo no encontro. Não seria nada de anormal este empate, em função do contexto em que foi realizado, pelo que a apreensão se manteve nos níveis anteriores.

      Assim, a visita ao reduto do Moreirense levou, outra vez, muitos adeptos a apoiar a equipa nesta curta deslocação. O triunfo (3-2) disfarçou o fraco desempenho geral e foi a qualidade do banco a salvar as finanças bracarenses da partida, com o golo decisivo a chegar nos instantes finais, o que deixou em êxtase a plateia braguista.

      A quinta jornada tinha uma longínqua deslocação a Faro, mas nem isso impediu que os adeptos fossem apoiar a equipa, em menores doses, claro está. O desejo de obter mais um triunfo fazia parte do íntimo de cada braguista ali presente, assim como dos que se encontravam a ver o jogo pela
      televisão, mas rapidamente se percebeu que o jogo poderia terminar num pesadelo algarvio, capaz de aumentar as preocupações de todos, em função da escassa assertividade da equipa no relvado, que permitiu, uma vez mais, que o adversário fosse capaz de crescer a ponto de atormentar os corações
      brácaros.

      A imagem dada em campo era tão fraca que até os mais fotogénicos ficaram tremidos na fotografia dos golos farenses e nem as alterações feitas ao intervalo foram capazes de colocar a equipa em jogo no segundo período, para encetar a árdua tarefa de recuperar dois golos de desvantagem,
      ainda que isso estivesse ao alcance de uma equipa que fosse capaz de colocar em campo o valor teórico que lhe era reconhecido. O resultado ameaçou descambar, mas o penálti falhado pelo Farense deu um ânimo acrescido aos bracarenses, que subiria, por pouco tempo, quando a desvantagem foi
      reduzida.

      Os erros graves, individuais e coletivos, a nível defensivo regressavam em seguida e um deles ofereceu o alargamento da vantagem algarvia, que agonizava os visitantes e deixava resignados os adeptos, mesmo que estes apoiassem incessantemente até ao fim. Estava consumado o pesadelo
      algarvio, cujos números do resultado poderiam ter sido ainda piores, mesmo que, em abono da verdade, também o SC Braga pudesse ter marcado mais vezes, principalmente quando os ferros impediram a bola de entrar. A despedida da equipa dos adeptos levou o capitão Ricardo Horta a dar a
      cara, por uma equipa que ficou aquém do que é capaz e acumulou erros que inquietam ainda mais o universo braguista.

      As melhoras, SC Braga e que uma análise reflexiva global permita verificar que os números atingidos até aqui não são motivo de orgulho para ninguém que aspire a fazer melhor do que na época anterior.



      Comentários (3)
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      motivo:
      novo rumo exige-se
      2023-09-17 14h12m por andromeda1
      Quando o timoneiro é mau, todos os jogadores parecem maus!
      batuko
      2023-09-17 13h40m por redlegion
      O Hornicek é mau?
      Braga
      2023-09-17 13h36m por batuko
      Braga que no inverno vai buscar o Marchesin, o Magalhães, em alguns lances, é um ai jesus, GR suplentes do Braga não valem um chavelho.
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