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    Panathinaikos

    Texto por João Pedro Silveira
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    Nomes como Antonis Antoniadis, Giorgos Kalafatis, Krzysztof Warzycha, Giorgos Karagounis, Mimis Domazos, Velimir Zajec, Goran Vlaovic, Angelos Basinas, Emmanuel Olisadebe, Jozef Wandzik, Antonios Nikopolidis, Dimitrios Salpingidis, são alguns dos grandes nomes da história do Panathinaikos, o histórico clube grego que desde o começo do século XX é uma das grandes potências desportivas do país helénico. 
     
    Dois irmãos
     
    O gigante ateniense nasceu a 3 de fevereiro de 1908 pela mão dos dois irmãos Kalafatis: Giorgios (primeiro treinador e capitão de equipa) e Alexandros (primeiro presidente) que reuniram mais 40 homens para fundar um novo clube.

    Este grupo abandonou o Panellinios Gymnastikos Syllogos quando o clube decidiu desistir da prática do futebol. Os dissidentes liderados pelos irmãos Kalafatis fundaram então o Podosferikos Omilos Athinon (POA). O primeiro campo ficava na rua Patission e as cores do clube eram o vermelho e o branco. John Cyrill Campbell, atleta e estudante universitário de Oxford, tornou-se o primeiro treinador estrangeiro do clube (e do país).

    Em 1910 uma divisão surgiu entre os membros do clube quando os irmãos Kalafatis, seguidos pela maioria dos jogadores, abandonaram a direção do POA e arranjaram um novo campo na Praça Amerikis. O clube mudou de nome para Panellinios Podosferikos Omilos (PPO), literalmente Clube de Futebol Panhelénico, com o verde e branco como as cores do clube. 

    Em 1914 Campbell regressou a Inglaterra mas o clube já se havia afirmado como uma das principais equipas do futebol grego, com jogadores de renome como Michalis Papazoglou, Michalis Rokkos e Loukas Panourgias. Entretanto o clube atuava regularmente com preto e branco, as cores que se encontravam no emblema da instituição.

    Seria Papazoglou  que após uma viagem a Constantinopla - hoje em dia Istambul - propôs o trevo como símbolo do clube.

    Organização e desenvolvimento

    Na década de vinte a Associação de Futebol de Atenas e do Pireu organizou o primeiro campeonato do Pós-Guerra. Nas duas primeiras edições, 1921 e 1922, o PPO seria campeão. 

    Em 1922 o município ateniense acedeu a que o PPO construísse o novo polo desportivo em Leoforos, que significa «Avenida» em grego. 

    A grande rivalidade inicial do clube era com o AEK, pois o Olympiacos encontrava-se fora da cidade, com sede no Pireu. Durante esses primeiros anos os embates entre os Oi Prasionoi (Os verdes) e os seus rivais tendiam quase sempre para o PPO que venceu por seis vezes seguidas o campeonato da cidade.
     
    Seria em 1924 que o o clube mudava novamente de nome, passando a chamar-se Panathinaikos Athletikos Omilos, adotando definitivamente o verde e o branco como as cores do emblema. 
     
    Anos trinta

    O húngaro József Künsztler liderou o clube à sua primeira conquista da Liga em 1930, numa época em que a equipa não conheceu o sabor da derrota e teve em Angelos Messaris a sua grande estrela. Apesar desse grande sucesso seria preciso esperar dez anos para o Pana vencer pela primeira vez a Taça nacional, batendo o Aris de Salónica por 3x1 na final.

    Durante os anos trinta destacaram-se outras "lendas" da história verde e branca como Antonis Migiakis, Diomidis Symeonidis, Mimis Pierrakos e Stefanos Pierrakos, seriam alguns destes jogadores que participaram no histórico 8x2, com que o Pana brindou o rival Olympiacos, o resultado mais pesado de sempre entre os dois rivais.

    Apostolos Nikolaidis e Messaris desentenderam-se em 1931 e o clube viveu mais um período dramático que enfraqueceu a equipa durante grande parte da década, com a instituição mais uma vez próxima da dissolução.

    Anos de sucesso

    Novos títulos nacionais seriam conquistados em 1949 e 1953, assim como duas Taças em 1948 e 1955. Mas o grande período da história do clube chegaria nos anos 60, com a conquista de cinco campeonatos em seis anos (1960, 1961, 1962, 1964 e 1965. A época de 1964 seria brilhante, com a Liga a ser conquistada sem o Panathinaikos conhecer o sabor da derrota. Essa equipa treinada por Bobek contava com craques como Loukanidis, Panakis e Domazos. 

    Vencedores da Taça em 1967 e 1969, os verdes ganharam o bicampeonato em 1969 e 1970, o que valeu ao Panathinaikos participar regularmente na Taça dos Campeões Europeus, prova em que chegou à final em 1970/71 em Wembley, onde perderia com o Ajax de Johann Cruijff (2x0). O treinador que guiou a equipa ao seu mais brilhante momento internacional era a lenda húngara Ferenc Puskas, que montou uma equipa brilhante com nomes como Domazos, Kapsis, Karamas e o goleador Antoniadis que apontou dez golos nessa edição da prova que conduziu o clube do Trevo até ao grande jogo de Londres.

    Com a recusa holandesa de disputar a Taça ##Intercontinental coube ao Pana representar a Europa na competição, mas os gregos seriam vencidos pelos uruguaios do Nacional. 
     
    Na sombra do rival
     
    Em 1979 o futebol grego profissionalizou-se e foi então que Giorgos Vardinogiannis, membro de uma das mais ricas famílias gregas, com negócios no petróleo, na refinação, na comunicação social e no entretenimento, se tornou no dono e presidente do clube. 
     
    Durante os anos 80 o clube venceu a Liga em 1984 e 1986, anos em que o Pana conseguiu a dobradinha.  Semifinalistas da Taça dos Campeões Europeus em 1985, os verdes e brancos voltariam à meia final da Champions em 1996. Pela frente, novamente o Ajax. Na primeira mão em Amesterdão o Panathinaikos surpreendeu vencendo por 0x1, mas na segunda mão a grande equipa de van Gaal emendou a mão e venceu claramente por 0x3.
     
    Campeões em 1990, 1991, 1995 e 1996 o Panathinaikos viva o seu último grande momento antes do Olympiacos iniciar um longo e impressionante domínio do futebol helénico.
     
    Em 1996 o Panathinaikos contava com 18 títulos contra os 25 do velho rival, enquanto o AEK vinha longe com 11, mas depois o Olympiacos lançou um domínio avassalador sobre a liga grega, conquistando todos os títulos de campeão nacional até 2021, com a exceção de 2004 e 2010, os únicos Campeonatos que sorriram ao «Trevo», e 2018 e 2019, que foram conquistados pelo AEK e o PAOK, na altura treinado por Abel Ferreira, respetivamente.

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