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    Tragédias

    A Tragédia de Munique

    Texto por João Pedro Silveira
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    O 6 de Fevereiro de 1958 é uma data trágica, marcada a sangue e banhada a lágrimas, da história do Manchester United, pois foi nesse dia que o avião que provinha de Belgrado, onde os red devils jogaram uma partida dos quartos-de-final da Taça dos Campeões, se despenhou ao tentar levantar voo pela terceira vez, da pista gelada do aeroporto de Munich-Riem, nos arredores da capital bávara, provocando a morte de 23 pessoas, entre eles oito jogadores, alguns dos famosos «Busby babes»

    A terceira tentativa

    Eram 14 horas e 59 minutos do dia 6 de Fevereiro de 1958, quando a torre de controlo do aeroporto de Munique deu autorização ao Airspeed AS-57 Ambassador para levantar voo em direcção a Manchester.
     
    O voo BE609, operado pela British European Airways, que procedia de Belgrado - onde tinham acabado de eliminar o Crvena Zvezda (Estrela Vermelha de Belgrado) em direcção a Manchester, tinha parado em Munique para reabastecimento. Após duas tentativas para descolar, o Comandante James Thain e o co-piloto Kenneth Rayment recusaram a ideia de pernoitar em Munique, iniciando uma terceira tentativa de descolagem.
     
    Triste destino
     
    Entretanto recomeçara a nevar, deixando a pista coberta de gelo e neve. Do cockpit, o Comandante Thain observava uma pista «escondida» sob uma fina camada de gelo, mas decide arriscar uma terceira tentativa de levantar voo. 
     
    Lá atrás, num daqueles momentos em que sem os intervenientes imaginarem, se decide quem morre e quem continua a viver, Tommy Taylor and David Pegg, trocam de lugar com Bobby Charlton e Dennis Viollet , na frívola esperança de que seria mais seguro voar junto à cauda do aparelho.
     
    15 horas e quatro minutos, o avião arranca pista fora, mas não consegue atingir a velocidade necessária para descolar e acaba por sair da mesma, chocando com o gradeamento, enquanto uma asa é arrancada numa colisão com uma casa.
     
    O Airspeed AS-57 Ambassador em chamas após a colisão
    Com o medo da explosão, o Comandante manda evacuar a aeronave que começara a incendiar-se. 23 saem com vida do avião, o Co-piloto Rayment viria a falecer já no hospital, três semanas depois, em consequência dos graves ferimentos, tal como o jogador Duncan Edwards, duas semanas depois da tragédia.
     
    Harry Gregg, o herói de Munique
     
    Entre tripulantes, jogadores, treinadores, dirigentes e passageiros, perderam a vida 23 pessoas, a tragédia terminava com os Busby Babes. Tommy Taylor and David Pegg encontravam-se entre os que tiveram morte instantânea, enquanto um quase inconsciente Bobby Charlton era retirado com vida do avião por Harry Gregg, o carismático guarda-redes da equipa, que salvara também uma passageira e sua filha bebé, além de ter ajudado Matt Busby a libertar-se dos destroços.
     
    Gregg retirou Charlton e Viollet da aeronave, pensando que estavam mortos, momentos antes dos destroços do aeroplano explodirem. Perante a sua incredulidade, após a grande explosão que deitou ao chão socorristas, bombeiros, médicos e sobreviventes, ali estavam de pé os dois jogadores que Gregg presumia mortos, olhando o fogo que alastrava descontroladamente...

    Comentários

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    motivo:
    Futebol
    2012-02-06 13h38m por westside
    O FUTEBOL MUNDIAL, ASSIM COMO VÁRIAS FAMILIAS, FICARAM MAIS "POBRES" COM A "PARTIDA" DE 23 PESSOAS. A TODOS R. I. P. !
    Triste. . .
    2012-02-06 13h01m por Royals1871
    Um dia triste para o futebol mundial. . . Jovens vidas perderam-se, com longos anos pela frente de vida. . . Nada como recordar os heroís de Munique. . . RIP Busby Babes. . .