O futebol chegou tarde a Paços de Ferreira, apenas nos anos 30 a bola começou a rolar no concelho pacense. A primeira equipa local foi o Sport Clube Pacense, um pequeno clube sediado em Meixomil, uma das aldeias do concelho.
Durante a década de 30 e na seguinte o futebol foi acolhendo entusiastas em todo o país e Paços de Ferreira não foi excepção. Surgiu então na Vila o Campo da Cavada, onde vários jogos foram sendo disputados por amadores e grupos de amigos, e torneios populares foram organizados, mas sem nenhum selo competição oficial. Foi preciso esperar por 1950, para no dia 5 de Abril ser fundado na Vila de Paços de Ferreira o Futebol Clube Vasco da Gama.
O «Vasquinho», como carinhosamente foi apodado pelos adeptos, iniciou a competição na III Divisão da A.F. Porto, onde permaneceu até 1956/56, época em que se superiorizando ao ##Sporting da Cruz numa final em quatro jogos, garantiu a primeira promoção da sua história.
Os anos 60 trouxeram novas mudanças ao clube, começando por um novo nome – o actual – e a mudança do equipamento da cor original amarela, para as mesmas cores e equipamento do
FC Porto.
Em 1967/68 surgiu o primeiro título do clube – II Divisão da A.F. Porto – confirmando assim o sucesso da aposta que a direção efetuou no investimento da equipa, garantindo a subida ao primeiro escalão da A.F. Porto.
Um clube em crescimento
Em 1973 subiu à 3ª Divisão nacional, depois de vencer o Perosinho no Campo da Cavada. A 7 de Outubro o clube inaugurou o Parque Desportivo da Ponte Real, casa onde ainda hoje joga.
No dia da inauguração, na cerimónia de abertura o Presidente do Município erroneamente referiu-se ao Estádio como “Mata Real”, o nome agradou aos pacenses que rapidamente cunharam o estádio com esse nome.
No ano seguinte, e já mudado de armas e bagagens para a sua nova casa, o Vasco da Gama conquistou o título de Campeão da III Divisão, ao bater na final disputada em Leiria o Estrela de Portalegre.
Em 1981 por decisão dos sócios o clube mudou o equipamento para as cores actuais – o verde e amarelo do município de Paços de Ferreira; dois anos depois era inaugurado o relvado da Mata Real num jogo da Taça de
Portugal contra o
Benfica.
A subida ao topo
Depois de muitos anos a batalhar na 2ª Divisão, o Paços de Ferreira participa na primeira edição da nova competição: A 2ª Divisão de Honra.
Para surpresa de muitos o Paços de Ferreira venceu o Campeonato, superiorizando-se a equipas de mais nomeada como Leixões, Académica, Estoril, Espinho, Varzim...
Em 1991/92 os pacenses estrearam-se entre os grandes com um 12º lugar, vencendo leões e empatando águias na Mata Real.
Durante três épocas, o Paços manteve-se no primeiro escalão, até que em 1993/94 ao ficar em 16º lugar o clube desce de divisão pela primeira vez em 43 anos de história.
A travessia do deserto demorou seis anos e os castores só regressaram à I Liga em 2000/01. No ano do regresso conseguiu um 9º lugar e na Taça chegou pela primeira vez aos quartos-de-final.
Sucesso no campeonato, chegada à Europa
Em 2003 guiados por José Mota, um homem da casa, o Paços ao conseguir um 6º lugar atingiu a melhor classificação da sua história, ao que se somou uma presença na meia-final da Taça que que ajudaram a tornar 2003 um ano histórico para os pacenses. Um pouco antes, a 14 de Setembro 2002, receberam e golearam o
Sporting – então campeão em título – com um estrondoso 4x0, na vitória mais importante da história do clube.
Mas após um ano de sucessos o Paços de Ferreira voltou a cair na II liga, para rapidamente retomar o seu lugar entre os grandes, após conquistar mais um título da II Liga.
Os anos seguintes foram anos de sucesso. Repetindo um 6º lugar e apurando-se para a Taça UEFA onde seriam afastados pelos holandeses do AZ Alkmaar (0x1 no conjunto das duas mãos.
Em 2009 os castores chegaram pela primeira vez à final da Taça para perderem com o
FC Porto por 0x1.
No regresso à Europa o Paços venceu o Zimbru da Moldávia na 2ª pré-eliminatória da Liga Europa e acabou por ser eliminado ingloriamente na pré-eliminatória seguinte pelos israelitas do Bnei Yehuda com dupla derrota por 0x1.
Em 2011 o FC Paços de Ferreira chegou à final da Taça da Liga e perdeu 1x2 com o
Benfica no Estádio Municipal de Coimbra, tornando-se, na altura, o primeiro clube português a já ter estado presente nas três finais das competições portuguesas: Taça de
Portugal, Supertaça e Taça da Liga, sem contudo nunca conseguir vencer.
Desde aí, o Paços de Ferreira fez época repletas de altos e baixos. O ponto mais alto surgiu em 2012/13, quando, sob o comando do técnico Paulo Fonseca, os castores conseguiram terminar em 3º no campeonato, que os qualificou para o playoff de acesso à Liga dos Campeões da época seguinte, onde seriam eliminados pelo
Zenit, com um agregado de
8x3.
Por sua vez, o ponto mais baixo chegou em 2017/18, quando o Paços de Ferreira terminou em 17º no campeonato e desceu, assim, à Segunda Liga. A estadia no segundo escalão do futebol nacional não foi, no entanto, longa, uma vez que na temporada seguinte, 2018/19, o agora falecido Vítor Oliveira comandou os castores ao título de campeão e à sua 11ª subida de divisão, recolocando os castores na elite do futebol português.