O seu papel no futebol brasileiro e no regresso do Brasil às vitórias nos mundiais foi preponderante... Tudo começou em 1990, no mundial de Itália, quando foi um dos eleitos de Sebastião Lazaroni para o Campeonato.
Santana fora acusado de perder os mundiais, por se preocupar excessivamente em jogar bonito, descurando a rigidez tática e o rigor defensivo. Lazaroni resolveu então convocar jogadores mais aguerridos e disciplinados, menos interessados em jogar bonito e mais preocupados em ganhar.
Nascido Carlos Caetano Bledorn Verri,
Dunga, veio ao mundo em Ijuí, Rio Grande do Sul, a 31 de outubro 1963. A sua pouca altura durante a infância, custou-lhe a alcunha familiar de
Dunga, que duraria para a posteridade.
O médio gaúcho começou a sua carreira no
Internacional de Porto Alegre, antes de passar pelo
Corinthians, e Vasco da Gama, sem nunca conhecer grande sucesso ou garantir a titularidade.
Em 1987 deu um salto para o país dos seus antepassados, Itália, onde a sua carreira ganhou um novo fôlego. Com a camisola do modesto Pisa, deu nas vistas e acabou sendo contratado pela Fiorentina. Em 1988, mudou-se de armas e bagagens para a cidade do Arno, onde vestido de viola, viveu épocas felizes.
Em 1992 mudou-se para o Pescara, e no ano seguinte, viajou para a Alemanha, país de alguns dos seus antepassados, onde defendeu as cores do Stuttgart.
O sonho americano
Quatro anos depois do fracasso no mundial italiano,
Dunga teve uma nova oportunidade de mostrar o seu valor.
Carlos Alberto Parreira apostou no trinco, confiante no duplo papel que
Dunga, o capitão, podia desempenhar no escrete: líder dentro e fora do campo; e disciplinador dos colegas.
Romário, a estrela irascível da companhia, foi obrigado a partilhar quarto com
Dunga, para melhor ser controlado, e o baixinho não falhou, tornando-se fundamental na caminhada do Brasil para o tetra, conquistado na grande final contra a Itália em Pasadena.
No mundial seguinte,
Dunga voltou a ser o líder dentro e fora do campo. Contudo os excessos, como uma cabeça em Bebeto, durante uma discussão em pleno jogo, fizeram com que o capitão fizesse um
mea culpa e refreasse a sua postura.
O Brasil, comandado por Mário Zagallo, chegaria novamente à final, mas sucumbiria à força francesa, perdendo 3x0 para
Zidane e companhia.
O fim da carreira e o novo desafio
Depois de uma passagem pelo Japão, regressaria ao seu
Internacional em 1998. Terminaria a carreira no
Colorado, dois anos depois, ficando para história como um dos mais carismáticos capitães da história que já lideraram a «canarinha».
Seis anos depois, terminado o mundial da Alemanha, onde o Brasil, apesar do seu bom futebol, voltara a fracassar, incapaz de defender o título conquistado quatro anos antes no oriente, foi a vez do Brasil clamar pelo nome do
Dunga, esperando que regressasse o Brasil de 1994, vencedor incontestado.
Com o objetivo no mundial da África do Sul 2010,
Dunga preparou o Brasil, apesar da muita contestação que foi sofrendo com a falta de resultados, a que se juntava a falta de espetáculo.
A conquista da Taça Confederações em 2009 ainda abriu expectativas. Mas no mundial, num grupo com Coreia do Norte, Costa do Marfim e
Portugal, o Brasil não entusiasmou, vencendo os dois primeiros jogos e cedendo um empate, num entediante nulo com os portugueses.
O escrete passou então pelo Chile, antes de cair às mãos da Holanda nos quartos-de-final. A derrota, juntando-se ao fracasso brasileiro nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), tornou inviável a continuidade de
Dunga ao comando da seleção, afastando-se então para dar lugar a Mano Menezes.