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    Dunga: O Capitão do Tetra

    Texto por João Pedro Silveira
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    Líder nato, foi sempre uma continuação dos treinadores no campo. Duro na marcação, lutador incansável, longe de ser um virtuoso, era um «carregador de piano» que carregava com a equipa, não hesitando em tentar passes em profundidade ou fortes remates de longe.

    A «Era Dunga»
     
    O seu papel no futebol brasileiro e no regresso do Brasil às vitórias nos mundiais foi preponderante... Tudo começou em 1990, no mundial de Itália, quando foi um dos eleitos de Sebastião Lazaroni para o Campeonato. 
     
    Lazaroni estava disposto a alterar a forma de jogar do Brasil, que sob a liderança de Telê Santana, falhara a conquista dos dois mundiais anteriores.
    Santana fora acusado de perder os mundiais, por se preocupar excessivamente em jogar bonito, descurando a rigidez tática e o rigor defensivo. Lazaroni resolveu então convocar jogadores mais aguerridos e disciplinados, menos interessados em jogar bonito e mais preocupados em ganhar.
     
    Dunga foi um dos eleitos, e o destaque que o seu estilo pouco brasileiro de jogar futebol teve no mundial italiano, fez com que os analistas denominassem essa época como a «Era Dunga» da seleção brasileira de futebol.
     
    O dissabor da eliminação do Brasil nos oitavos, às mãos da rival Argentina, custaram grandes dissabores a Lazaroni e à sua equipa. Dunga foi dos mais criticados, e o seu lugar na seleção ficou em xeque. 
     
    Todavia, quatro anos passados, Dunga teria uma nova oportunidade, e o Brasil desta vez iria finalmente acabar com o jejum...
     
    Primeiros Anos
     
    Nascido Carlos Caetano Bledorn Verri, Dunga, veio ao mundo em Ijuí, Rio Grande do Sul, a 31 de outubro 1963. A sua pouca altura durante a infância, custou-lhe a alcunha familiar de Dunga, que duraria para a posteridade. 
     
    O médio gaúcho começou a sua carreira no Internacional de Porto Alegre, antes de passar pelo Corinthians, e Vasco da Gama, sem nunca conhecer grande sucesso ou garantir a titularidade. 
     
    Em 1987 deu um salto para o país dos seus antepassados, Itália, onde a sua carreira ganhou um novo fôlego. Com a camisola do modesto Pisa, deu nas vistas e acabou sendo contratado pela Fiorentina. Em 1988, mudou-se de armas e bagagens para a cidade do Arno, onde vestido de viola, viveu épocas felizes.
     
    Em 1992 mudou-se para o Pescara, e no ano seguinte, viajou para a Alemanha, país de alguns dos seus antepassados, onde defendeu as cores do Stuttgart. 
     
    O sonho americano
     
    Quatro anos depois do fracasso no mundial italiano, Dunga teve uma nova oportunidade de mostrar o seu valor. Carlos Alberto Parreira apostou no trinco, confiante no duplo papel que Dunga, o capitão, podia desempenhar no escrete: líder dentro e fora do campo; e disciplinador dos colegas.
     
    Romário, a estrela irascível da companhia, foi obrigado a partilhar quarto com Dunga, para melhor ser controlado, e o baixinho não falhou, tornando-se fundamental na caminhada do Brasil para o tetra, conquistado na grande final contra a Itália em Pasadena. 
     
    No mundial seguinte, Dunga voltou a ser o líder dentro e fora do campo. Contudo os excessos, como uma cabeça em Bebeto, durante uma discussão em pleno jogo, fizeram com que o capitão fizesse um mea culpa e refreasse a sua postura. 
     
    O Brasil, comandado por Mário Zagallo, chegaria novamente à final, mas sucumbiria à força francesa, perdendo 3x0 para Zidane e companhia.
     
    O fim da carreira e o novo desafio
     
    Depois de uma passagem pelo Japão, regressaria ao seu Internacional em 1998. Terminaria a carreira no Colorado, dois anos depois, ficando para história como um dos mais carismáticos capitães da história que já lideraram a «canarinha». 
     
    Seis anos depois, terminado o mundial da Alemanha, onde o Brasil, apesar do seu bom futebol, voltara a fracassar, incapaz de defender o título conquistado quatro anos antes no oriente, foi a vez do Brasil clamar pelo nome do Dunga, esperando que regressasse o Brasil de 1994, vencedor incontestado.
     
    Com o objetivo no mundial da África do Sul 2010, Dunga preparou o Brasil, apesar da muita contestação que foi sofrendo com a falta de resultados, a que se juntava a falta de espetáculo.
     
    A conquista da Taça Confederações em 2009 ainda abriu expectativas. Mas no mundial, num grupo com Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal, o Brasil não entusiasmou, vencendo os dois primeiros jogos e cedendo um empate, num entediante nulo com os portugueses. 
     
    O escrete passou então pelo Chile, antes de cair às mãos da Holanda nos quartos-de-final. A derrota, juntando-se ao fracasso brasileiro nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), tornou inviável a continuidade de Dunga ao comando da seleção, afastando-se então para dar lugar a Mano Menezes. 
    Santana fora acusado de perder os mundiais, por se preocupar excessivamente em jogar bonito, descurando a rigidez tática e o rigor defensivo. Lazaroni resolveu então convocar jogadores mais aguerridos e disciplinados, menos interessados em jogar bonito e mais preocupados em ganhar. Dunga foi um dos eleitos, e o destaque que o seu estilo pouco brasileiro de jogar futebol teve no mundial italiano, fez com que os analistas denominassem essa época como a «Era Dunga» da seleção brasileira de futebol.Líder nato, foi sempre uma continuação dos treinadores no campo. Duro na marcação, lutador incansável, longe de ser um virtuoso, era um «carregador de piano» que carregava com a equipa, não hesitando em tentar passes em profundidade ou fortes remates de longe.
    O seu papel no futebol brasileiro e no regresso do Brasil às vitórias nos mundiais foi preponderante...
    Tudo começou em 1990, no mundial de Itália, quando foi um dos eleitos de Sebastião Lazaroni para o Campeonato. 
    Lazaroni estava disposto a alterar a forma de jogar do Brasil, que sob a liderança de Telê Santana, falhara a conquista dos dois mundiais anteriores.
    Santana fora acusado de perder os mundiais, por se preocupar excessivamente em jogar bonito, descurando a rigidez tática e o rigor defensivo. Lazaroni resolveu então convocar jogadores mais aguerridos e disciplinados, menos interessados em jogar bonito e mais preocupados em ganhar. Dunga foi um dos eleitos, e o destaque que o seu estilo pouco brasileiro de jogar futebol teve no mundial italiano, fez com que os analistas denominassem essa época como a «Era Dunga» da seleção brasileira de futebol.
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    Dunga (BRA)
    Dunga (BRA)

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