Lobanovsky was born in
Kiev to Vasyl Mykhailovych Lobanovsky and Oleksandra Maksymivna Boichenko. Vasyl Lobanovsky traces his roots to the Polish szlachta family of Lobko-Lobanowski.
Lobanovskyi was married to Ada Lobanovskaya,[3] the couple had a daughter named Svitlana. She is a Russian philologist and owns a restaurant in
Kiev called "U metrá" (English: "The Master's").[4]
Lobanovsky is a nephew of the Ukrainian writer and a leader of the Komsomol of Ukraine Oleksandr Boichenko.
Valeriy Vasylyovych
Lobanovskyi (em ucraniano: Вале́рій Васи́льович Лобано́вський, Valerij Vasyl’ovyč Lobanovs’kyj) nasceu no seio de uma família descendente de polacos, na cidade de
Kiev, na então União Soviética, no dia 6 de Janeiro de 1939.
Filho de Vasyl Mykhailovych
Lobanovskyi e Oleksandra Maksymivna Boichenko, o pequeno Valeriy cresceu num ambiente muito duro. Quando contava dois anos e meio, a Alemanha Nazi invadiu a União Soviética.
Kiev era um dos principais alvos da ofensiva alemã, a famosa "Operação Barbarossa".
Em setembro de 1941,
Kiev caiu nas mãos da
Wehrmacht e seria ocupada pelas forças alemãs até 6 de novembro de 1943, data em que a cidade foi libertada pelo Exército Vermelho.
Valeriy cresceu numa cidade e num país em reconstrução, tendo desde pequeno demonstrado paixão pelos estudos e pelo futebol, duas paixões que acabaria por conciliar ao longo da sua vida.
Estudou e jogou na Escola n.º 1 de
Kiev, passando de seguida para a Escola de Futebol para a Juventude de
Kiev, onde se graduou.
Carreira como jogador
Não obstante por ser mais conhecido pela sua genial carreira de treinador, a verdade é que
Lobanovskyi foi um destacado jogador, avançado que fez parte de uma das linhas ofensivas mais famosas da história do
Dynamo Kiev.
Seria precisamente pelo
Dynamo Kiev que
Lobanovskyi começou a carreira depois de se graduar na Escola de Futebol para a Juventude de
Kiev. Foram sete anos de branco, ao serviço do clube do seu coração.
Para a história fica o título de campeão em 1961, quando pela primeira vez um clube não moscovita conquistou o título da União Soviética. Ainda nessa época,
Lobanovskyi conseguiu as duas internacionalizações que teve pela seleção A da União Soviética.
Em 1965, mudou-se para as margens do Mar Negro onde vestiu a camisola do Chornomorets Odessa por duas épocas, mudando-se de seguida para o Shakhtar
Donetsk, onde "penduraria as botas" em 1968, com apenas 29 anos.
O treinador
Pouco depois de abandonar a carreira de jogador foi contratado pelo Dnipro para começar a treinar a equipa. Foram precisos três anos para fazer subir o Dnipro ao primeiro escalão, onde um sexto e um oitavo lugar chamaram a atenção dos dirigentes do Dynamo, que o chamaram de volta para
Kiev.
Em setembro de 1973, o futebol soviético iniciou a sua mais histórica revolução, quando o antigo avançado da equipa, Valery
Lobanovskyi, tomou conta dos «brancos». Meticuloso, cerebral, frio - há quem o comparasse a um iceberg - , disciplinador,
Lobanovskyi olhava para as suas equipas como um corpo homogéneo.
Folhas de papel quadriculado com esquemas elaborados, cadernos repletos de análises de resultados físicos, medições, contas, muitas contas... O escritório de
Lobanovskyi era o seu laboratório. Nos treinos, eram seguidas à risca as suas decisões. A forma física era por demais importante, o que aliado a uma preparação psicológica cuidada tornava cada jogador numa peça da máquina, que era a equipa comandada por
Lobanovskyi.
Na União Soviética trabalhava-se para o "bem comum". O individualismo era desaconselhado e em muitos casos severamente punido e no campo de futebol não havia exceções. Quem driblava em vez de passar, sabia que não tinha lugar na equipa. O primado do coletivo tornou a equipa de
Kiev uma das mais temidas do futebol mundial.
O regresso do campeão
Com Oleg Bazilevitch ao seu lado, "Loba" criou uma equipa extraordinária, onde se destacava a arte de fazer golos de Blokhin. Vice-campeões em 1973, os «brancos» dominaram a época seguinte, conquistando a dobradinha.
No ano seguinte, o Dynamo conquistou a sua sétima liga soviética, ao que somou uma histórica vitória na Taça dos Vencedores das Taças, batendo o Ferencvaros na final por 3x0, o que tornou o
Dynamo Kiev no primeiro clube soviético a conquistar uma competição europeia. Meses depois, a extraordinária equipa de
Lobanovskyi encantou a Europa, batendo o
Bayern de
Beckenbauer e companhia na Supertaça Europeia.
O sucesso do
Dynamo Kiev levou as autoridades desportivas soviéticas a contratarem
Lobanovskyi para simultaneamente orientar o Dynamo e ser selecionador nacional. Na seleção conduziu a equipa à medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Montreal em 1976.
Três vezes campeão entre 1977 e 1982, o Dynamo chegou aos quartos-de-final da Taça dos Campeões em 1976, eliminado pelo Saint-Étienne. No ano seguinte, o Dynamo eliminou o tricampeão
Bayern de Munique, para ser eliminado pelos também alemães federais do Borussia Mönchengladbach.
Lobanovskyi era então tido como um dos grandes mestres do futebol europeu.
Sucesso no clube e na seleção
Selecionador nacional novamente entre 1982 e 1983, sucedendo a Beskov, que levara URSS à segunda fase do mundial de
Espanha, acabou por sair da seleção depois de falhar o apuramento para o Euro 84, ficando atrás de
Portugal na qualificação.
Entretanto, no Dynamo, e após alguns anos de resultados menos conseguidos,
Lobanovskyi procede a uma renovação da equipa, que termina a conquista de uma nova dobradinha 1985. Era uma equipa extraordinária que contava com Chanov, Bezsonov, Baltacha, Kuznetsov, Demyanenko, Yaremchuck, Yakovenko, Zavarov, Rats, Blokhin e Belanov, que encantava a URSS e a restante Europa. Seria este mesmo onze que conquistou a Taça das Taças em 1986.
A esmagadora maioria destes rapazes seguiu com
Lobanovskyi para o México onde a União Soviética encantou. Primeiro a 2 de junho, com uma exibição de gala, esmagando a Hungria por 6x0. Três dias depois, no Estádio Nou Camp, em León, um empate a uma bola contra a França de
Platini. Nesse «onze» só dois jogadores não eram do Dynamo: o guarda-redes Rinat Dasaev do Spartak Moscovo e Larionov, o defesa do
Zenit.
Os soviéticos ainda venceram o Canadá por 2x0, garantindo a vitória no grupo. Nos oitavos final, novamente em León, um jogo histórico entre a URSS e a Bélgica de Pfaff , Scifo e companhia. Por duas vezes os soviéticos estiveram na frente, mas por duas vezes os «diabos vermelhos» conseguiram empatar. No prolongamento, a Bélgica marcou por duas vezes, Belanov ainda reduziu fechando o hat-trick, mas a União Soviética estava eliminada.
A grande União soviética estava fora do mundial, eliminada pelos detalhes e por uma tarde inspirada da seleção belga. Dois anos depois, a URSS voltou a uma fase final de uma grande competição com o sonho que conquistar um troféu.
Era uma equipa novamente assente no «onze» do Dynamo que chegou à Alemanha Federal como candidata à vitória final. No primeiro jogo, uma vitória sobre a Holanda, ao que se sucedeu um empate com a surpreendente República da Irlanda.
O grupo fechou com uma vitória clara sobre a Inglaterra (3x1) e na meia-final seria a vez da Itália sentir a força da União Soviética. Contudo, na grande final de Munique, a Holanda vinha avisada do que tinha acontecido no primeiro jogo e Gullit, Rijkaard, van Basten e companhia vinham preparados para que a história fosse diferente. E foi...
Um golo magistral de Marco van Basten selou a vitória da Laranja Mecânica que começara ainda na primeira parte com a cabeçada de
Ruud Gullit.
O fim da URSS e o "exílio" dourado no Golfo Pérsico
Com o advento da Perestroïka, veio um aliviar das liberdades na União Soviética. Pela primeira vez, jogadores de futebol soviéticos foram autorizados a transferirem-se para clubes da Europa Ocidental. O
Dynamo Kiev, base da seleção soviética, acabou por perder as suas principais referências.
Lobanovskyi aceitou ir treinar os Emirados Árabes Unidos, depois de, durante dezasseis anos, ter deixado nas vitrinas do clube três títulos de campeão da URSS, cinco Taças e ainda três títulos europeus. Dos Emirados passaria ao Koweit, onde ficou até 1996.
Chegou então o tempo de voltar à sua Ucrânia e ao seu Dynamo, onde conquistou seis campeonatos consecutivos. O sucesso no seu clube levou a que, tal como no tempo da URSS, acumulasse funções com a seleção nacional ucraniana.
Ao comando dos amarelos e azuis falhou a qualificação para o mundial de 2002, perdendo com a Alemanha, mas só podemos imaginar o que teria sido o Euro 2004 ou o mundial de 2006, com
Lobanovskyi a comandar uma geração que tinha nomes como Schevchenko e Rebrov, porque a 7 de maio de 2000, pouco depois de um jogo com o Metalurh Zaporizhzhya,
Lobanovskyi sofreu um acidente vascular cerebral. Dias depois, a 13 de maio, morreria, vítima de complicações da operação a que tivera de se submeter.
A Ucrânia e o mundo do futebol ficavam em estado de choque. Postumamente, seria agraciado pelas autoridades de
Kiev com o título de "Herói da Ucrânia" e o estádio do seu clube do coração passou a ser o Estádio
Lobanovskyi.