39 anos depois, o FC Porto voltava a conquistar o bicampeonato, batendo o Benfica numa luta taco-a-taco que durou até à última jornada. Durante grande parte da época o Benfica liderou e esteve à frente dos portistas, muito por culpa de cinco empates consecutivos, cedidos pelo FC Porto entre a 7.ª e a 11ª jornada ao que se somava uma derrota em Braga na terceira jornada (3x1).
Já o Benfica, que começara com três derrotas nas cinco primeiras jornadas: Antas (1x0), Bonfim (2x1) e Restelo (1x0), conseguiu uma sequência de dez vitórias, coroada com uma goleada histórica de 5x0 sobre o «eterno rival». A sequência foi quebrada com um empate a casa a uma bola com o Porto. Uma derrota na Madeira e um empate na Póvoa do Varzim deixaram o Porto colado na liderança.
Nas últimas dez jornadas, o FC Porto só cedeu um ponto, culpa de um empate com o Sporting nas Antas, enquanto o Benfica não aguentava a pressão e na penúltima jornada empatava a zero no Mário Duarte com o Beira-Mar e deixava escapar o título para a Cidade Invicta.
Pela primeira vez desde os anos cinquenta, o Benfica ficava duas épocas sem conquistar um título, para desespero da sua massa associativa, habituada a vencer quase todas as épocas.