Terminaram os jogos em do Boavista em 2017.
Terminaram com um sabor doce, melhor do que qualquer aletria ou rabanada típica desta época, com uma vitória por 2-1 sobre o Paços de Ferreira no Estádio da Mata Real, na 6ª feira.
É então tempo de montar o presépio, pendurar o azevinho e preparar a ceia de Natal, porque o futebol – este ano – já não é motivo de aflição para as famílias axadrezadas.
É também tempo de fazer uma reflexão de Inverno sobre o passado, presente e futuro do nosso querido clube.
Desde o regresso à primeira divisão (em 2014), nunca o Boavista tinha atingido a marca dos 20 pontos nos primeiros 15 jogos, como podemos comprovar na seguinte tabela:
Posição | Época | Pontos | GM | GS | DG |
---|---|---|---|---|---|
12º | 2014/2015 | 16 | 12 | 27 | -15 |
17º | 2015/2016 | 10 | 9 | 21 | -12 |
10º | 2016/2017 | 17 | 16 | 18 | -2 |
8º | 2017/2018 | 20 | 16 | 18 | -2 |
O Boavista está a realizar a sua melhor época em todos os parâmetros classificativos. Está na melhor posição, com mais pontos, mais golos marcados e menos sofridos (igualando a época 2016/2017).
Esta marca ganha ainda mais relevo quando constatamos que à entrada da 6ª jornada o Boavista contava apenas com 3 pontos, o que levou à troca de Miguel Leal por Jorge Simão, e esse parece ter sido o momento-chave da temporada.
Sob o comando de Jorge Simão, o Boavista conquistou 17 pontos em 9 jogos, dos quais três foram contra o Benfica, Porto e Sporting.
É de tal forma impressionante esta imperiosa escalada classificativa que, caso o campeonato tivesse arrancado à 6ª jornada, o Boavista ocuparia neste momento o 5º lugar do campeonato.
O oitavo lugar neste momento alcançado supera inclusivamente a classificação das últimas duas épocas anteriores à descida de divisão (10º e 9º).
O mérito deve ser dado a quem o merece e, neste caso, deve ser dado a Jorge Simão, o nosso Pai Natal, que veio para o Bessa carregado com um saco cheio de pontinhos.
A nível desportivo parece evidente que estamos perante um caso claro de crescimento sustentado.
Hoje já ninguém dúvida da qualidade e do mérito do plantel do Boavista e os hipercríticos calaram-se de uma vez por todas.
O crescimento do clube é, no entanto, muito mais que um conjunto de índices classificativos agregados.
É também visível no melhor plantel destes últimos quatro anos (com qualidade e equilíbrio), na qualidade de jogo, no valor dos ativos, nos resultados da formação e da equipa B, na credibilidade dos parceiros, nas modalidades amadoras, na agremiação do G15 e nos desenvolvimentos tecnológicos e comerciais, por exemplo.
Muito trabalho ainda há pela frente, em especial na permeável área da recuperação económica do clube, o que condicionará impreterivelmente o crescimento desportivo nas próximas temporadas.
Temos então diversos motivos para estarmos felizes com esta nossa segunda família que é o Boavista pelo que foi alcançado num curto espaço de tempo, mas concentrados para enfrentar os enormes desafios que nos serão colocados em breve, sempre com a confiança de que todos juntos ultrapassaremos quaisquer obstáculos.
Somos diferentes, somos Boavista.
Os meus votos de um Feliz Natal e um próspero ano novo para todos.
P.S.: Nunca mais chega o dia 3 de Janeiro.