Este artigo tem o propósito de antever quais os comportamentos a esperar de um remodelado Benfica. O nome e percurso de Bruno Lage circula pelos media, mas pouco se conhece das suas ideias e como as operacionalizará.
Centramo-nos sobre a vertente ofensiva, pois será o capítulo mais instigado pelo Benfica que passará a maior parte do tempo, em organização ofensiva.
Identificamos um jogo de paciência na procura do espaço certo para desequilibrar. A primeira fase de construção será com saídas pacientes, procurando com progressão entrelinhas (elemento oferecendo linha de passe interior) ultrapassar vários opositores para no último terço decompor-se em duas essenciais variantes:
Os cruzamentos tenderão a aumentar e a sua zona alvo situar-se-á entre o segundo central e lateral contrário (minuto 3:27).
Registe-se que em qualquer destas nuances há a exigência para a equipa estar em amplitude, ocupando os corredores laterais de modo a ter maior abrangência no terreno de jogo (minuto 1:04).
Outro dado, é a insistência para a procura dos médios jogarem nas costas da linha média adversária (minuto 1:12), explorando as costas destes e ultrapassando-os com passes entrelinhas. Inclusivamente, o avançado baixa no nível espacial, permitindo a subida de linhas na posse de bola ofensiva.
É um treinador que valoriza essencialmente o treino e daí esperar-se as réplicas do vídeo no remodelado Benfica.
Foi um dos protagonistas na lapidação de jogadores como Bernardo Silva, Ederson, André Gomes, Gonçalo Guedes, João Cancelo, Rony Lopes, Ivan Cavaleiro, Hélder Costa, Bruno Varela, Bruno Gaspar, Ricardo Horta, David Simão, entre tantos outros.