Portugal bateu a Macedónia por 4x2, mas isso não chegou. A equipa de Rui Jorge despede-se assim de um campeonato em que, numa fase de grupos sempre competitiva, fez o mais normal. Venceu dois jogos, mostrou qualidade, mas o resultado da Eslováquia diante da Suécia deitou por terra o bom trabalho da seleção nacional. A seleção de esperanças não morreu na praia, como em 2015, mas voltou a morrer de forma inglória.
Foi um começo de jogo absolutamente intenso, em que Portugal entrou forte. A equipa de Rui Jorge atacou muito, e bem, pelo lado direito do seu ataque. Nessa zona, a capacidade técnica de João Cancelo, Podence e Iuri – o jogador do Sporting jogava no meio, mas ia aparecendo naquelas zonas - ia criando muitos problemas à estrutura defensiva da Macedónia. A equipa de Milevski respondia como podia à avalanche atacante de Portugal.
Portugal começou a assumir o comando do jogo com Bruma a assumir o protagonismo. O jogador do Leipzig marcou um grande golo e, depois de mais uma jogada individual, ofereceu outro a Gonçalo Paciência, que atirou para defesa de Shishkovski. Portugal ia dominando, mostrava qualidade no seu futebol, mas o resultado mantinha-se num chato 2x0.
À entrada dos 10 minutos finais do primeiro tempo, a turma de Rui Jorge começou a perder intensidade – era impossível manter aquele ritmo – e a Macedónia aproveitou para fazer o golo, num remate de fora de área. Nada mudava. Portugal tinha que ir em busca de mais golos.
Portugal voltou a entrar mais forte e Iuri Medeiros começou por ficar perto do golo. O extremo do Sporting, o mais esclarecido à altura, ofereceu um passe magistral que Podence soube transformar em golo. Tudo em aberto e o objetivo à distância de apenas um golo.
Só que depois veio o inevitável. O cansaço apoderou-se da seleção de esperanças e o discernimento, daí em diante, não foi o melhor. Portugal começou a atacar à pressa, com muitos jogadores – Ricardo Horta entrou…para jogar a médio – e a Macedónia, com maior ou menor dificuldade, foi anulando o ataque luso.
A vontade era muita, mas, à entrada dos 10 minutos finais, a Macedónia aproveitou para dar um murro no estômago dos portugueses, com o golo de Markovski. A equipa de Rui Jorge ainda tentou, voltou a falhar mais oportunidades – foi a eficácia que nos tirou o sonho -, mas já era tarde. Despedida inglória para uma geração que promete.