AngelEyes 29-04-2024, 17:03
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e o Governo Regional da Madeira estiveram reunidos e chegaram ao tão aguardado acordo relativamente às equipas madeirenses que participam no Campeonato de Portugal, definindo que apenas uma delas, o Marítimo B, continuará em prova. As restantes, AD Camacha, CSD Câmara de Lobos e CF União Madeira Sad desistem, mas não descem de divisão.
Através de um comunicado oficial, a FPF informa que, das quatro equipas madeirenses presentes no Campeonato de Portugal, a única que permanece em prova é o Marítimo B, «constituindo uma situação de exceção, uma vez que os seus atletas são todos profissionais e a sua equipa continua inscrita na Liga Portuguesa de Futebol Profissional». Desta forma, a formação secundária do Marítimo vai «articular com a FPF a sua deslocação para o Continente, para recuperar os jogos em atraso e prosseguir em prova». Esta foi uma solução autorizada e viabilizada pelo Governo Regional.
Quanto às restantes equipas, AD Camacha (Série B), CSD Câmara de Lobos e CF União Madeira Sad (Série C), estas desistem prontamente da edição desta temporada do Campeonato de Portugal, uma vez que a maioria dos seus atletas são amadores e não podem, assim, deslocar o seu plantel para o Continente para disputar os jogos agendados.
A desistência destas três equipas é enquadrada nos quadros da Direção da FPF como algo excecional, o que permite que todas elas regressem na próxima temporada ao Campeonato de Portugal. Estas vão agora ocupar os últimos lugares das respetivas séries em que estão inseridas, não sendo, no entanto, prejudicadas por isso mesmo. A Direção da FPF vai, agora, propor «que os resultados alcançados pelas equipas que agora desistem da competição, sejam anulados, garantindo desta forma a integridade desportiva da prova».
Quantos aos seus jogadores e treinadores, os seus clubes comprometem-se a cumprir as suas obrigações para com eles, incluindo a permissão de que possam transferir-se para outros clubes, caso essa seja a sua vontade. Está, assim, resolvido o grande impasse vivido por estas quatro equipas, que já não competiam desde o final do mês de outubro, devido à decisão do Governo Regional de não permitir competição para as equipas ditas como «não profissionais».