O título de 2014, com perfume do Bayern de Guardiola, já lá vai. Joachim Low e a filosofia de jogo baseada na posse e paciência também. Agora, a mannschaft enfrenta o desafio da mudança de geração e da renovação da sua identidade, sob o leme de Hansi-Dieter Flick, que conhece bem os seus pupilos e trouxe mais vertigem, agressividade e solidez nas transições.
A maior marca desta transformação está no meio-campo. Sem Toni Kroos, há mais intensidade e pressão sobre a bola. Joshua Kimmich e Leon Goretzka formam um duplo pivô forte, que pode incluir igualmente a qualidade técnica de Ilkay Gundogan.
Sem um nove convencional, há soluções para todos os gostos no ataque. À frente do duplo pivô acima referido, pode jogar o cerebral Thomas Muller ou o dinâmico Kai Havertz, igualmente capaz de jogar como ponta de lança. Leroy Sané, Jamal Musiala e Sèrge Gnabry são outros nomes que podem figurar no ataque alemão, que também tem o jovem Youssoufa Moukoko.
Há curiosidade para ver que novos protagonistas se vão chegar à frente nesta Alemanha renovada e que pretende lançar as bases para o futuro. Inseridos no Grupo E, os germânicos terão a Espanha como principal adversária, mas há que ter em conta Japão e Costa Rica que, recentemente, mostraram capacidade para surpreender.
Foi campeão do mundo em 2014, é um dos cinco jogadores com mais internacionalizações da história da Alemanha e figura no top-10 dos melhores marcadores. Isto diz muito sobre o estatuto de Thomas Muller, um jogador por vezes subvalorizado, mas que continua a ser fulcral no ataque da mannschaft.
Depois de 16 anos de Joachim Low, Hansi-Dieter Flick saiu da sombra e do Bayern para assumir o leme da seleção alemã. Em mãos, tem a responsabilidade de fazer a transição de geração e de estilo de jogo, que volte a colocar os germânicos nas grandes decisões.