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Bas Dost e Marega estiveram debaixo de olho

Goleadores sem chama: Números que ajudam a explicar o resultado do Clássico

Os anos passam e há a sensação de que os Clássicos têm perdido alguma qualidade. A intensidade está lá, os bons momentos também, mas parece faltar sempre qualquer coisa, especialmente no capítulo ofensivo.

Dost teve segunda parte apagada ©Carlos Alberto Costa

No passado sábado, as defesas foram largamente superiores aos ataques, algo que não aconteceu apenas por questões táticas, mas sim porque os tempos são outros.

Já vão algo distantes os Clássicos com avançados mais técnicos e capazes com bola. Citamos alguns nomes, de parte a parte, mas podíamos citar muitos mais: Liedson, Jackson Martínez, Ricky van Wolfswinkel, Falcao, Lisandro López e até Derlei. Tudo jogadores diferentes daqueles que agora têm a missão de decidir este tipo de partidas.

De um lado estava a frieza holandesa de Bas Dost, um avançado mais de último toque e de finalização simples, com sentido posicional e bom jogo de cabeça. Do outro lado havia a força de Marega. Bem diferente do rival, o maliano faz da velocidade e jogo físico as suas principais valias. No Clássico, houve goleadores sem chama e o resultado fica, em parte, explicado pela pouca produtividade das principais referências goleadoras de ambas as equipas. O zerozero passou o Clássico a olhar para os dois, algo que nem sempre foi interessante, diga-se.

Renan com mira em Dost, Dost sem mira

Raio-x a Bas Dost

Golos 0
Assistências 0
Remates 3
Passes certos 8
Passes errados 4
Faltas sofridas 2
Faltas cometidas 1
Duelos perdidos 7
Duelos ganhos 7
Cortes 1
Perdas de bola 2
Foras de jogo 1
Oportunidades criadas 0

Comecemos por olhar para o homem da casa. No melhor período com bola da equipa de Marcel Keizer, o holandês procurou envolver-se no jogo coletivo, mas raramente teve sucesso. Uns passes errados, outros certos mas à queima, e metade dos duelos aéreos ganhos - 7 em 14. Militão foi o grande responsável neste aspeto, ainda que Felipe tenha terminado a primeira parte com três duelos ganhos.

No Clássico, Bas Dost serviu mais como um ponto de mira para Renan Ribeiro do que como um real contributo para o jogo ofensivo da equipa. Segundo o GoalPoint.pt, aos 60 minutos o jogador que tinha feito mais passes para Bas Dost era o guarda-redes leonino, com quatro tentativas bem sucedidas.

Quanto à produtividade ofensiva, no que a remates diz respeito, o holandês ficou muitas vezes à espera que a bola o fosse encontrar e acabou por ficar percetível a dificuldade em disputar a bola em duelos no espaço de finalização, que exige também mais velocidade e também instinto. Resumindo, o holandês foi presa fácil para Felipe e Militão, também porque assim o quis. Casillas só teve de se aplicar em um dos três remates do holandês, que saiu à figura. Os outros dois foram ao lado, um deles de cabeça e em posição favorável para conseguir marcar.

Se no primeiro tempo o holandês tinha dado sinais de participação positiva, apesar da pouca eficácia, o segundo tempo teve muito pouco Bas Dost, que foi vendo bolas pelo ar e distantes do seu raio de ação.

Aquecimento foi indício de tarde negativa

Raio-x a Marega

Golos 0
Assistências 0
Remates 2
Passes certos 8
Passes errados 4
Faltas sofridas 1
Faltas cometidas 2
Duelos ganhos 2
Duelos perdidos 7
Cortes 3
Perdas de bola 3
Foras de jogo 0
Oportunidades criadas 1

A nossa análise remete-se apenas àquilo que foi o jogo jogado, mas, por curiosidade, já estávamos de olho em Marega ainda antes do início da partida. O aquecimento foi um pouco o espelho daquilo que o maliano acabou por fazer durante a partida. Remate ao lado, outro para a bancada, um ao poste. Não estava fácil. Na altura de recolher aos balneários lá houve uma bola a beijar a rede, algo que não viria a acontecer quando mais foi preciso.

Com a disponibilidade física habitual, o avançado maliano começou por incomodar Jefferson e Mathieu, obrigando ao primeiro canto da partida, mas o Clássico não foi mesmo para os goleadores e Marega deu provas disso mesmo.

No seu jeito meio desajeitado, o melhor marcador dos azuis e brancos procurou o desequilíbrio, mas Mathieu, principalmente, e Coates fecharam-lhe sempre as portas. Isso ajuda a explicar as três perdas de bola e os duelos ganhos - apenas dois em nove!

Pelo flanco direito, o maliano também não conseguiu explorar a conhecida debilidade defensiva de Jefferson (Mathieu esteve imperial nas dobras) e a primeira parte foi francamente abaixo das expectativas. O maliano terminou sem qualquer lance digno de registo. A segunda parte acabou por ser melhor, mas longe do nível habitual.

Agarrado ao lado direito devido à mudança tática após a saída de Maxi, o maliano sentiu-se mais confortável quando encontrou espaço para explorar em força e velocidade. Na segunda parte conseguiu criar uma oportunidade de golo e encontrar espaço para finalizar, mas o remate, em zona favorável, de pé esquerdo, saiu para as bancadas.

Quando o jogo partiu, o portista não virou a cara à luta - foi dele o último lance perigoso, com um remate de cabeça a sair por cima -, mas acabou por diminuir ainda mais a percentagem de duelos perdidos. 0x0. «Todos os jogos começam assim», este também acabou dessa forma e em parte por culpa de dois goleadores sem chama.

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Comentários

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motivo:
Mau gosto do ZeroZero
2019-01-13 17h56m por C-Hawk
Põem essa foto como a principal do artigo, mas não puseram semelhante do Portimão-Benfica. Se é para demonstrar que claques (ou "grupos de indivíduos sem ligação entre si nem tão pouco mais ou menos com o Benfica para que não tenhamos repercussões judiciais dos actos de pessoas separadas e não-organizadas" ou o que quer que seja) são cancro, mostrem de todos os 3 estarolas e não de apenas 2.

https://www. sulinformacao. pt/wp-content/uploads/2019/01/ bancada-a-arder. jpg
jogos históricos
U Sábado, 12 Janeiro 2019 - 15:30
Estádio José Alvalade
Hugo Miguel
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