Setúbal primeiro semifinalista

Varela (Sporting) e Carlitos (Benfica) foram os autores dos golos dos sadinos num encontro equilibrado e resolvido com um penálti “fashion”

O V. Setúbal, detentor da Taça de Portugal, está nas meias-finais da prova depois de uma vitória difícil sobre o Boavista. Num jogo com poucos pingos de talento, com uma infinidade de passes trocados e outros tantos disparatados, os sadinos tiveram de esperar até aos 108 minutos para ecoar um grito contido durante uma tarde cinzenta, quase tão...ler comentário completo »

Varela (Sporting) e Carlitos (Benfica) foram os autores dos golos dos sadinos num encontro equilibrado e resolvido com um penálti “fashion”

O V. Setúbal, detentor da Taça de Portugal, está nas meias-finais da prova depois de uma vitória difícil sobre o Boavista. Num jogo com poucos pingos de talento, com uma infinidade de passes trocados e outros tantos disparatados, os sadinos tiveram de esperar até aos 108 minutos para ecoar um grito contido durante uma tarde cinzenta, quase tão cinzenta como o encontro.

Foi a vitória dos empréstimos, primeiro na forma de ameaça de Varela (Sporting) e depois materializada por Carlitos (Benfica), num lance rodeado de polémica face à marcação de uma grande penalidade que está mais “fashion” do que nunca – a bola, rematada por Pedro Oliveira, perto da linha de fundo, na esquerda, bate na mão de Cadu e o árbitro, Pedro Proença, próximo do lance, nem sequer hesita.

Fulgor

O Vitória entrou sem receio do adversário mas precavendo Bruno Ribeiro para uma missão: não facilitar na vigilância a Manuel José, lateral-direito com grande propensão para atacar. Na prática, o Vitória apenas deixava dois homens na frente (Sougou na direita e Varela no meio), aceitando ficar órfão no lado esquerdo. Desta forma, os sadinos ganharam o miolo e rapidamente Varela transformou dois remates em ameaças muito sérias, enquanto o Boavista jogava com grande cerimonial, como alguém que é convidado para uma festa e se sente ainda pouco à-vontade.

Mais do que as camisolas, também a equipa era esquisita na forma de abordar o jogo e até Varela marcar, aos 39 minutos, apenas Manuel José rematou à baliza, num livre sem nexo.

Despertar

O golo dos sadinos conseguiu acordar os axadrezados e a resposta não se fez esperar. Paulo Jorge, o mais activo, serviu João Pinto e este, bem enquadrado com a baliza, não aceitou a benesse dos deuses. A perder, Carlos Brito trocou um médio (Paulo Sousa) por um avançado (Fary), dando à equipa outra configuração táctica: o 4x3x3 inicial traduzia-se agora num 4x2x3x1, com João Pinto a surgir atrás de Fary.

O Boavista passou a exercer forte pressão sobre o Vitória (esteve quase 20 minutos sem efectuar um remate à baliza) e, aos 61 minutos, num lance em que Fary atrapalhou Auri, João Pinto, sem marcação (esquecimento de Binho), empatou o jogo com um golo bonito.

Atrevimento

Foi, então, a vez de Hélio Sousa mexer na estrutura, abdicando de um central (Auri) para fazer entrar um avançado (Carlitos). Com três homens rápidos na frente, o treinador sadino pretendia travar a onda crescente do Boavista, impondo, ao mesmo tempo, maior receio aos defesas axadrezados. A verdade é que Varela esteve por duas vezes, na mesma jogada, muito perto de marcar e dez minutos depois foi a vez de Bruno Ribeiro fazer publicidade ao desperdício. Carlos Brito não esperou mais: saiu Zé Manuel e entrou Rui Duarte, mais fresco para travar a irreverência de Carlitos. Já no prolongamento, Paulo Jorge viu o poste devolver um remate e foi precisamente nessa baliza que Carlitos haveria de sentenciar, minutos depois, a eliminatória, num jogo que terminou com duas boas ocasiões para o Boavista: primeiro por Cadú, de cabeça, depois por Lucas, num forte remate. Rubinho resolveu dizer presente e as gentes de Setúbal foram contentes para casa na tarde em que o futebol não foi bem tratado.

Árbitro

Pedro Proença (2). Mantém estranha apetência para se tornar protagonista, prejudicando o espectáculo. Nem sempre bem no capítulo técnico, também teve pecados em termos disciplinares. Na grande penalidade fica a dúvida.


« esconder

Acho que pelo aquilo que vi e ouvi, foi um jogo em que as duas equipas se esforçaram bastante para conseguir passar, saíndo o Vitória mais feliz...Acho que o penalkti e um pouco forçado, já vi outros não serem assinalados, gostei foi de ver a expulsão do JVP, acho que o Pronça esteve bem nesse lance, apesar de capitão, não se pode fazer nem dizeer tudo ao árbitro...

O setubal primeiro semifinalista (para o zerozero.pt) não é...o ACTUAL VENCEDOR DA TAÇA DE PORTUGAL????eheheheh

Ainda bem que foi o Vitória de Setúbal a passar, provou-se que o Boavista mesmo com o árbitro a não assinalar uma falta do Khadim sobre o Varela na 1ªparte não conseguiu ganhar a uma das piores equipas da Superliga, ou seja, provaram que sem árbitros não há vitórias.
Além disso, fiquei bastante surpreendido pelo facto de 1 dos golos do Vitória ter sido de grande penalidade existente, a 1ª contra o Boavista esta época, foi preciso chegar quase ao fim da época para assinalarem um penalty contra o boavista.