Sérgio Conceição: «Senti que com mais ou menos dificuldade íamos ganhar»

Após a remontada frente ao Vizela, Sérgio Conceição mostrou-se agradado com a atitude competitiva dos dragões e pediu união em torno do FC Porto.

«O Vizela tinha muita gente a defender e depois tivemos uma infelicidade ao sofrer aquele golo, acontece. O Pepe é o maior e melhor profissional que já conheci no futebol. Sofremos, fomos atrás do que queríamos e a equipa estava com atitude competitiva. Aqui ou acolá senti que estávamos a falhar no último passe, os remates à baliza saiam mal, mas é normal depois de um jogo tão difícil como o Arsenal. Falamos ao intervalo e senti da parte dos jogadores que com menor ou maior dificuldade íamos ganhar o jogo e foi isso que aconteceu», começou por dizer em análise à partida, aos microfones da Sport TV.

«Houve ali um momento em que senti que faltava presença na zona frontal à baliza, estávamos a entrar muito por fora e se continuássemos assim, teríamos de fazer alterações. Depois melhorámos, no golo do Pepê, o Toni Martinez conseguiu penetrar na zona frontal à baliza e faltava-nos isso. É certo que o adversário estava em inferioridade numérica, mas para isso acontecer, nós tivemos de criar situações para que ficassem reduzidos. Foi um jogo da nossa liga, onde uma equipa vem tentar defender baixo, fazer o melhor possível, tentando espreitar o jogo direto nos avançados que são poderosos e nós fomos criando situações, fazendo os golos que tínhamos de fazer», esclareceu.

Questionado sobre a maturidade da equipa, o técnico portista realçou o período difícil que vivem os azuis e brancos: «Andámos sempre à procura de maturidade e solidez. Estamos em todas as provas, há um desgaste grande, O clube não vive um período fácil, mas isso não tem que interferir. A equipa tem de estar imune a esses assuntos. Temos de estar juntos e só juntos poderemos lutar pela taça e o campeonato. Temos 24 pontos para conquistar e as contas fazem-se no fim.»

Ainda sobre o silêncio das claques, Conceição deixou palavras de apreço para com os adeptos: «Respeito as claques do nosso clube. Como vocês sabem, vim para aqui aos 15 ou 16 anos, foram sempre inexcedíveis. Hoje vi o estádio da mesma forma que vejo. Sempre a apoiar, de certa forma a tentarem entrar no jogo. Parafraseando Pedroto: "O público não é o 12º jogador, mas o primeiro jogador, porque sem eles o clube não existia." É esse sentimento que eu comungo. Temos de estar fortes para ter um FC Porto forte.»