No Restelo, nem adeptos nem golos

Partida muito pobre no Estádio do Restelo e que só podia terminar desta maneira - sem golos. Belenenses e Marítimo tiveram oitenta minutos de muito pouco futebol e apenas no final foram à procura da vitória. Sem aproveitar as suas oportunidades, Azuis e maritimístas voltam a empatar e terão de vencer, na última jornada, para conseguir o apuramento às meias-finais da Taça da Liga.

Tão devagarinho...

Pouco mais de um jogo-treino no Estádio do Restelo. 21h00, quase Natal, Taça da Liga e um estádio vazio em que o silêncio surgia cada vez que os locutores de rádio paravam de comentar a partida. Belenenses e Marítimo tinham ficado a ver o Sporting golear o União da Madeira, por 6x0, e sabiam que parte das suas aspirações na competição estavam em jogo esta noite. Sabiam, mas foram raras as vezes em que se lembraram.

O Belenenses entrou melhor, mais rápido, incisivo e a criar perigo em situações de bola parada, enquanto o Marítimo teve uma primeira parte muito apagada e em que demonstrou pouco interesse em aproximar-se da baliza de Filipe Mendes. Os Azuis iam atacando pelo lado direito onde Diogo Viana era sempre o mais perigoso e foi quem mais perto esteve do golo, já dos maritimístas o melhor que se viu foi um lance de Rodrigo Pinho já perto do intervalo, de resto foi um festival de bolas longas perdidas e de alguns lances um pouco caricatos que iam dando ânimo a uma partida pouco atraente.

Equipas lembraram-se tarde demais

Era difícil que, no segundo tempo, a partida fosse jogada a uma velocidade mais lenta e com tão poucas oportunidades como nos primeiros quarenta e cinco minutos. Ao Marítimo a conversa parecia ter feito bem e os insulares tiveram alguns períodos de superioridade em que conseguiram rondar o golo, mas a vontade não durou muito tempo.

Com o apuramento em mente, Domingos e Daniel Ramos foram ao banco procurar fazer, em quinze minutos, o que antes não tinham conseguido. Nesse período, o Belenenses voltou a estar por cima e viu Maurides atirar ao poste da baliza de Amir, no Marítimo foi Edgar Costa a obrigar Filipe Mendes a aplicar-se. As duas equipas pareciam, nos últimos minutos, querer sair da partida com pontos, mas essa ideia surgiu demasiado tarde e o nulo manteve-se até ao final. 

Dois pontos para cada uma das equipas, no final de duas jornadas, e um apuramento para lutar na última jornada num grupo B em que o Sporting, que lidera com quatro pontos, vai ao Restelo e o Marítimo recebe os seus vizinhos do União da Madeira.