Benfica, FC Porto e Braga já estavam na decisão da Taça de Portugal e o Sporting, para não quebrar a tendência de 18/19, está também. Os leões carimbaram o apuramento para as meias-finais da Taça depois de baterem (0x2) o Feirense, em Santa Maria da Feira. Os quatro primeiros do campeonato vão discutir o título e as duas Taças.
Num jogo em que a equipa de Marcel Keizer teve duas caras, uma em cada parte, valeu o intervalo milagroso, valeram os grandes golos (especialmente o de Wendel) e ainda deu para estrear o avançado Luiz Phellype.
Do lado do Feirense, viu-se a estreia de Aly Ghazal (dá qualidade), viu-se a continuação do azar no que diz respeito a lesões (Babanco lesionou-se no aquecimento) e viu-se mais uma derrota, depois de três empates para Liga. A última vitória da equipa do distrito de Aveiro já data de 25 de novembro.
O Feirense não tinha problemas em ver jogar os dois médios mais criativos do Sporting, porque quando a bola chegava à entrada área o espaço desaparecia. Com um duplo-pivot (Marco Soares e Ghazal) a jogar muito perto dos centrais, não havia nenhuma «nesga» para servir Bas Dost, ou para as combinações.
Era quase sempre o jogo exterior que colocava o Sporting a criar perigo. Raphinha, lançado por Coates, até conseguiu picar por cima do guarda-redes, mas a defesa cortou. Foi até a equipa de Nuno Manta que criou a primeira oportunidade clara de golo, com Salin a negar o golo a Valencia. Por seu lado, a equipa verde e branca apenas perto do intervalo esteve verdadeiramente perto do golo, mas Brígido defendeu o remate de Bruno Fernandes e depois a recarga de Dost, quando já se gritava golo.
Muita bola, muitos passes, mas pouca velocidade e objetividade...podia assim ser resumida a primeira parte leonina. O Feirense defendia, apostava na bola parada e tentava sair sem grande critério.
Com o meio-campo mais esticado, a equipa do Feirense começou a abrir espaços. Nani por duas vezes e Raphinha ficaram perto de marcar, mas o golo só apareceu mesmo num momento de génio. Wendel livrou de dois defesas e rematou em arco para o 0x1. Pouco depois surgiu o 0x2, com Bruno Fernandes a passar das ameaças às ações. A bola sobrou para o médio à entrada da área após um canto e foi rematada com muita força para o segundo golo.
O segundo golo dos leões abriu mais o jogo, mas também pareceu tirar alguma concentração à equipa lisboeta. Apareceram oportunidades para o Feirense devido a erros e a faltas de concentração e com maior calma e, especialmente com mais confiança, o jogo poderia ter sido relançado. Valeu Salin a negar isso por duas vezes, apagando fogos criados por erros de André Pinto (entrou tão mal...)
Até ao final o destaque vai para a rotação que Marcel Keizer fez, lançando alguns jogadores para dar descanso a titulares. Foi nesta ideia que vimos a boa estreia de Luiz Phellype, que esteve 13 minutos em campo, teve alguns bons pormenores e ainda atirou uma bola ao poste de fora da área.
Não foi brilhante, com não tem sido nas últimas partidas, mas Keizer tem razão: o Sporting ainda está em todas. Depois de tudo o que foi acontecendo ao clube leonino, alguém acreditava que em janeiro ainda ia estar viva em todas as provas? E até com fase de brilhantismo...Seguem-se agora dos dérbis com o Benfica.