Itália e Costa Rica prosseguem a segunda jornada do grupo D em alta. Com vitórias na primeira jornada naquele que é visto como um dos grupos mais complicados, os estados de espírito são, contudo, diferentes para este desafio.
Se a Itália tem o favoritismo todo do seu lado, a Costa Rica continua a não ter nada a perder. Se os italianos acarretam toda a responsabilidade, os costa-riquenhos prosseguem como outsiders de um grupo em que são os únicos que nunca ganharam um Campeonato do Mundo. E recorde-se que a Inglaterra espera com expectativa este jogo: um empate arruma com as ténues esperanças britânicas no apuramento.
O confronto histórico pouco pode acrescentar para baralhar ou acentuar favoritismos. Só uma partida entre as duas formações, há 20 anos atrás e de caráter particular, com uma vitória italiana por 1x0 (golo de Signori) é curto para tirar ilações.
Portanto, a curiosidade é grande para o que vai desenrolar na Arena Pernambuco. Bem vistos os números, à partida para este desafio é a Costa Rica quem lidera, por ter mais um golo marcado, um dado que não é definitivo, mas que certamente atribui outro tipo de importância à equipa do colombiano Jorge Luís Pinto na contabilidade final do grupo.
A vitória sobre o Uruguai teve tanto de surpresa como de imponência da Costa Rica. Chefiados por Bryan Ruiz, os costa-riquenhos apresentaram no palco mais bonito do futebol o jovem Joel Campbell, carregador da reviravolta nessa partida.
Com três centrais, dois laterais atrevidos e três médios de músculo e trabalho, a equipa proporciona que a dupla da frente possa magicar o seu futebol de forma livre e espontânea.
Um dado a ter em conta pela Itália. Quatro vezes campeã do Mundo, a seleção transalpina passou com êxito um dos jogos mais intensos e bem disputados até agora neste Mundial, frente à Inglaterra, e está bem encaminhada para superar o grupo.
Em todo o caso, Prandelli não gosta de facilitismos e tem bem vincada a necessidade de não menosprezar esta Costa Rica. Mesmo depois da vitória contra a Inglaterra, fala-se em Itália que devem surgir mudanças.
A primeira é a mais óbvia. Buffon está recuperado e retorna à baliza. É certo que Sirigu esteve muito bem com os ingleses, só que o posto é do capitão. Barzagli está em dúvida e deve ser substituído por Bonucci, que deve ser acompanhado por Chiellini, saindo Paletta do onze e passando Darmian da direita para a esquerda, entrando Abate para essa vaga. No meio, Verratti não convenceu e Thiago Motta também deve ser aposta.
De resto, a equipa continua a ser comandada pelos tempos do maestro Andrea Pirlo e pela irreverência de Mario Balotelli.
0-1 | ||
Bryan Ruiz 45' |