O Estádio da Luz, palco da final da Liga dos Campeões, vai receber um duelo madrileno no derradeiro encontro da competição, pois o Atlético de Madrid silenciou por completo Stamford Bridge ao vencer o Chelsea por 3x1 e ao garantir o passaporte para Lisboa, juntando ao rival Real Madrid, que esta terça-feira goleou o Bayern Munchen em casa dos alemães.
É caso para dizer que ninguém para o Atlético de Madrid de Diego Simeone. O treinador argentino já conquistou a Liga Europa pelos espanhóis, a Supertaça Europeia, precisamente frente ao Chelsea, a Taça do Rei, frente ao Real Madrid de José Mourinho, e agora, além de estar na liderança da Liga espanhola, vai discutir a final da Liga dos Campeões.
Feitos verdadeiramente notáveis para uma equipa que faz da raça e da entrega ao jogo as suas principais características, além de um comportamento bastante organizado dentro das quatro linhas, tanto defensivamente como ofensivamente. Na época passada, Diego Simeone ganhou a Taça do Rei ao Real Madrid de José Mourinho em pleno Santiago Bernabéu e agora o argentino voltou a levar a melhor sobre o português em casa da equipa deste, eliminando o Chelsea com toda a justiça.
Os colchoneros, que contaram com Tiago no 11 inicial e como capitão de equipa, foram bem capitaneados e comandados pelo médio. O ex-internacional português foi «gigante» no meio campo do Atlético de Madrid e foi verdadeiramente fundamental para o apuramento dos espanhóis frente à sua ex-equipa, pela qual já tinha sido eliminado por duas vezes nas meias-finais, precisamente na primeira passagem de José Mourinho pelo Chelsea.O jogo começou lento, com ambas as equipas a terem mais preocupações defensivas para não cometerem qualquer erro que pudesse ser aproveitado pelo adversário. Ainda assim, o Atlético de Madrid, por intermédio de um cruzamento-remate de Koke, foi a primeira formação a estar perto do golo. Porém, aos 34 minutos, o Chelsea adiantou-se no marcador por intermédio de Fernando Torres, que não festejou o tento apontado frente à equipa na qual se formou e da qual ainda hoje é adepto.
Stamford Bridge estava naturalmente em festa, pois o Chelsea passava para a frente da eliminatória com o golo do internacional espanhol, depois do empate a zero no Vicente Calderón. Todavia, do céu ao inferno foi um instantinho para a turma orientada por José Mourinho, que pela quarta temporada consecutiva é eliminado nas meias-finais e pela terceira vez cai na última eliminatória antes da final ao serviço dos londrinos.
A um minuto do intervalo, depois de um grande passe longo de Tiago para o segundo poste, a bola sobrou para Adrián López e o espanhol restabeleceu o empate, batendo o veterano Mark Schwarzer pela primeira vez no encontro. O tento assinado tão perto do descanso foi uma espécie de vitamina para o Atlético de Madrid, que passou para a frente da eliminatória em virtude do golo apontado fora de casa e que na segunda parte foi bastante superior ao Chelsea.
Aos 60 minutos, depois de uma grande penalidade cometida por Samuel Eto'o, Diego Costa fez o 1x2 e praticamente colocou o Atlético de Madrid, 40 anos depois, na sua segunda final da Liga dos Campeões. Ainda assim, o escândalo (apenas na teoria porque na prática os espanhóis foram melhores que os ingleses nas duas mãos) aconteceu aos 72 minutos, depois de mais um grande passe de Tiago, com Arda Turan a cabecear à barra e na recarga a fazer o 1x3 final, acabando com qualquer dúvida que ainda pudesse existir em relação ao segundo finalista que vai marcar presença no Estádio da Luz, a 24 de maio. Madrid vai invadir a capital portuguesa para assistir-se a uma final inédita.
1-3 | ||
Fernando Torres 36' | Adrián López 44' Diego Costa 60' (g.p.) Arda Turan 72' |