Braga ganha em Guimarães
Arsenal de Paulo Fonseca teve Rafa como a bala certeira
O SC Braga foi mais eficaz e assim se explica a vitória num dérbi onde também soube sofrer (duas lesões na primeira parte) e na qual mostrou mais maturidade, contra uma turma vitoriana que, na estreia de Sérgio Conceição, apresentou alma, mas alguma ansiedade. Os arsenalistas continuam colados a Benfica e Estoril no terceiro lugar.
Forças equilibradas
Dalbert em estreia
No seu primeiro jogo pelos vimaranenses, Sérgio Conceição lançou na esquerda o lateral Dalbert, que jogou pela primeira vez. No Braga, Ricardo Ferreira continuou no centro da defesa.
Muita emoção, alguma ansiedade, vários momentos de tensão. Foi assim a primeira parte. No futebol praticado, não se pode dizer que tenha havido um dominador claro, se bem que o SC Braga tenha parecido entrar mais sereno e o Vitória, com o decorrer do jogo, tenha melhorado.
Duas lesões
Paulo Fonseca viu André Pinto lesionar-se muito cedo e lançou Boly. Depois, aos 35 minutos, foi a vez de Baiano se lesionar e dar lugar a Wilson Eduardo, que teve que jogar a defesa direito.
Num primeiro tempo que revelou duas contrariedades do lado bracarense, o equilíbrio de forças imperou, bem como os sistemas táticos, isto porque, apesar dos desenhos diferentes (4x3x3 contra 4x4x2), as duas equipas encaixaram uma na outra. Além disso, as muitas paragens, quer pelas lesões, quer por problemas vindos das bancadas, não ajudaram a que se assistisse a um jogo flúido e corrido.
Rafa tinha o caminho da felicidade
O segundo tempo trouxe menos emotividade, mas mais procura pelo golo. Para trás tinham ficado 45 minutos de demasiada contenção tática. Era tempo de ir em busca de um triunfo que, como dizia Paulo Fonseca, valia bem mais do que três pontos.
E foi o técnico dos arsenalistas a consegui-lo. Mesmo depois de uma melhor entrada dos vimaranenses em campo, com mais acutilância ofensiva e levando a bola ao poste da baliza de Kritciuk, seriam os visitantes a encontrar o golo, num lance com méritos de Rafa, um pouco contra a corrente do jogo.
Um golo alcançado aos 74 minutos e que praticamente matou o conjunto vimaranense. Na bancada, o silêncio apenas foi calado pelos cânticos dos visitantes e a reação, em boa verdade, não existiu.