Erros crónicos que foram fatais culminaram em derrota vilacondense. No Estádio dos Arcos, o desfecho foi infeliz para o Rio Ave com uma derrota por 3-0 diante do Moreirense.
Foram muito poucas as alterações promovidas por ambos os treinadores nos onzes iniciais levados a jogo. Aliás, Rui Borges não mexeu em qualquer peça e Luís Freire fez entrar Zé Manuel e Bruno Ventura para os lugares de Sávio e João Graça.
Rui Borges sabe «o que tem em casa» e sabe como manusear os elementos em campo. A capacidade que os comandados demonstraram em campo para anular as ofensivas do Rio Ave resultaram num marcador alterado cedo.
Os erros rioavistas ajudaram, mas a qualidade que a frente de ataque do emblema de Moreira de Cónegos mostrou na resolução de problemas foi fator diferenciador na construção de resultado.
Camacho e Alazinho foram uma dupla de sonho em Vila do Conde, mesmo com os erros claros do Rio Ave em campo. Souberam aproveitar ao máximo numa noite muito, mas muito difícil para Magrão e os companheiros da defesa.
Até ao final do encontro, o emblema de Moreira de Cónegos juntos as linhas e tentou sempre aproveitar o mínimo erro adversário para criar perigo à baliza do guardião rioavista e ainda alcançaram o quarto golo depois de... novo erro. Foi uma boa amostra de futebol, de facto.
[n.d.r: Achámos genuinamente curiosa a movimentação no banco do Moreirense durante todo o encontro. O treinador-adjunto, Tiago de Aguiar, passou o jogo inteiro a dar indicações á equipa - como deveria, na verdade, dado que Rui Borges não é considerado treinador principal na ficha de jogo - e a seguir o movimento da equipa dentro de campo. Se a equipa ia para um lado, ele ia junto (tudo dentro dos limites da área técnica).]
Uma entrada em jogo com algum nervosismo. Leonardo Ruiz ainda foi importunando Kewin Silva, mas nada parecia dar certo. Aliado a isso, os erros acumulados no meio-campo não ajudaram à tarefa que o Rio Ave teria neste jogo - voltar às vitórias após os três pontos na primeira jornada.
Havia muita desatenção na primeira fase de construção - e que o diga Aderllan Santos que, numa das vezes, a bola escapou e Camacho poderia ter feito o bis. Era mesmo preciso uma mudança radical na abordagem ao duelo.
No recomeçar do encontro, parecia nada ter mudado. Um buraco completamente aberto no flanco esquerdo tornou-se negro quando Camacho apareceu e deu em golo.
Com o decorrer da segunda metade, Luís Freire potenciou alterações e todas elas foram de cariz ofensivo. Hernâni, João Graça e André Pereira foram a jogo, mas pouco ou nada se alterou, dado que os erros não estavam propriamente no ataque do Rio Ave.
Os quatro golos sofridos aconteceram devido a erros cometidos - como o caro leitor já deve ter depreendido. Apesar de não poder inscrever jogadores, o Rio Ave tem no plantel ativos com imensa qualidade que, este domingo, pouco ou nada conseguiram fazer em campo e isso acabou demonstrado não só pelo resultado, como pelo futebol praticado. Luís Freire tem matéria-prima para conseguir fazer a obra, mesmo que a tarefa seja bastante árdua.
A postura do emblema de Moreira de Cónegos durante o primeiro tempo foi, sem dúvida, esclarecedora. Chegou ao 2-0 cedo na partida e conseguiu aproveitar muitos dos erros do Rio Ave para criar ofensivas de perigo.
Foram vários passes errados, más abordagens a lances e alguma falta de discernimento em certas alturas. Foi notória alguma possível desconcentração dos homens de Luís Freire ao longo da partida.
Gerou bem o encontro, sem grandes casos de análise que poderiam gerar dúvida - mesmo com a possível grande penalidade Kewin Silva, onde as imagens mostram que, alegadamente, o guardião tocou na bola. Exibição dentro dos parâmetros de Carlos Macedo.