Falta apenas um passo para o sonho. Concluída a meia-final do Campeonato Europeu, Portugal venceu a Noruega por 5-0 e está na final da prova pela quinta vez. Destas, apenas venceu por uma ocasião. Agora, segue a oportunidade de conquistar tudo novamente.
Foram nove as alterações promovidas por Joaquim Milheiro nesta meia-final, em relação ao duelo frente a Malta. Gabriel Brás e Gonçalo Esteves foram os únicos que se mantiveram no onze inicial.
Má saída de bola na primeira fase de construção e Gustavo Sá, na sequência da pressão alta, aparece para desviar a bola para dentro da baliza, depois de uma má tentativa de passe do guarda-redes Magnus Ree. Foram precisos apenas quatro minutos. Quatro minutos para construir o palco para chegar ao sonho.
As equipas jogam o que as outras deixam jogar e, neste caso, Portugal foi implacável. A Noruega pouco ou nada conseguia criar ofensivamente. As poucas investidas mostravam-se travadas, de forma constante, pela defesa dos jovens portugueses.
As equipas também jogam o que os próprios jogadores fazem jogar. Hugo Félix é um destes nomes. Aumentou a vantagem - de grande penalidade - e o palco tinha mais um degrau.
A Noruega tentou aproveitou a largura total do campo, mas, depois do susto no primeiro golo sofrido, começou a «bater bombo». Depois do sufoco que se mostrou sair com bola de pé para pé, tentaram os passes em profundidade - também não correu assim tão bem.
Não houve dois sem três. Gustavo Ribeiro também fez a sua parte, servido por Gustavo Sá - como pode ler no acompanhamento ao minuto elaborado pelo zerozero.
A Noruega precisava ostensivamente do intervalo. Precisava de respirar.
A respiração ao intervalo de pouco ou nada resultado. Podiam tentar amenizar os danos, mas só os adensaram. Rodrigo Ribeiro destrocou magia, com Carlos Borges a assinar o quinto golo.
A potência ofensiva portuguesa mostrou-se completamente imparável perante uma Noruega totalmente inofensiva em todos os parâmetros. A partir daqui, Portugal tinha na mão o rumo de um jogo onde poderia fazer o que bem entendesse.
O ritmo abrandou até final, mas os comandados de Joaquim Milheiro faziam o que queriam da turma de Luís Pimenta - sim, foi um duelo de selecionadores portugueses nesta meia-final.
Foram minutos de gestão de tempo e gestão de jogadores para Portugal e, pelos vistos, a Noruega também o achou, ao substituir guarda-redes a cinco minutos do final do encontro.
Algo que não pode ser esmorecido é mesmo a gestão de expectativas. Agora, a ambição tem de estar no máximo. O próximo passo é a final do Campeonato Europeu e o poder alcançar um troféu que tem fugido. O adversário é conhecido esta noite. Espanha ou Itália? Venham eles.
Fizeram o que quiseram. A defesa norueguesa também o permitiu, mas a toada ofensiva portuguesa foi o fator mais dinamizador deste duelo, sem sombra de dúvidas. Inspirados, criteriosos e pressionantes.
Não houve espaço para mais. Dificultados pela toada ofensiva portuguesa, a seleção da Noruega mostrou-se inofensiva no decorrer do duelo. Faltou cabeça e discernimento para enfrentar o jogo.
Sem grandes casos de análise, para além da grande penalidade favorável a Portugal que não mereceu qualquer tipo de contestação, o árbitro teve uma boa exibição nesta meia-final.