De 2-0 para 2-3 com menos um: a vitória do Botafogo foi épica e polémica

Na semana em que o centro de estágios da equipa de Luís Castro foi 'visitado' pelos próprios adeptos, descontentes com a prestação na temporada, o Botafogo teve um jogo para mais tarde recordar. Em Porto Alegre, casa do Internacional, o conjunto do Rio de Janeiro venceu por 2-3... e há muito para contar.

A polémica começou logo ao sétimo minuto, quando Philipe Sampaio, central que já passou por Portugal, foi expulso por cometer um penálti muito contestado (veja aqui). No meio dos protestos, Luís Castro também recebeu ordem para deixar o campo e, para piorar a situação, Edenílson não desperdiçou o lance e abriu o marcador.

Fabrício Bastos, aos 14´, aumentou a contagem para a equipa da casa, mas a reviravolta começaria cinco minutos depois, quando Vinícius Lopes reduziu para o Botafogo, já a jogar com menos um e sem o treinador no banco.

Com o jogo a ferver verdadeiramente, sucederam-se vários episódios de confrontos e confusões no relvado, algo que aumentou nos minutos finais. Antes, e já depois do VAR anular um golo ao Internacional, Erison até empatou a partida contra todas as previsões, deixando a emoção para os descontos.

Aí, nos minutos finais, chegou o verdadeiro 'golpe de teatro' deste jogo. Já depois de outro golo invalidado ao Inter, Hugo Neto, 11 minutos (!!!) depois dos 90' fez o 2-3 que consumava uma épica reviravolta com contornos de cinema, estragados pela enorme confusão (onde Piazón foi um dos protagonistas, como pode ver aqui) que se gerou no relvado depois do golo e depois do apito final.

Contas feitas, o Botafogo, com esta vitória, sobe ao sétimo lugar do Brasileirão, estando às portas da Libertadores e agora a três pontos do adversário da última noite e a sete (mais um jogo) que o líder Palmeiras, treinado por Abel Ferreira.