No dia do trabalhador, o Sporting não se quis meter em trabalhos e não só adiou a festa do FC Porto como garantiu o acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões depois de vencer o Gil Vicente por claros 4-1. Os galos ainda assustaram na primeira parte, mas uma grande segunda parte dos leões travou qualquer esperança de uma surpresa em Alvalade e adiou também as decisões da luta pelo quinto lugar.
Sem Sebastián Coates (devido a lesão) e novamente sem Paulinho – Amorim voltou a apostar numa frente de ataque mais móvel, com Pedro Gonçalves, Pablo Sarabia e Marcus Edwards -, mas com os nomes das respetivas mães na camisola, numa iniciativa relativa ao dia da mãe, os leões entraram a todo o gás e Nuno Santos obrigou Andrew a uma grande defesa logo a abrir. No entanto, a primeira parte esteve longe de ser apenas Sporting…
Apesar do golo, a toada manteve-se: Sporting com mais bola, porém, jogo aberto e aproximações perigosas junto das duas balizas – mais da baliza de Andrew, que evitou um golaço de Porro. Só que também se repetiu o golo dos leões, agora por intermédio de Marcus Edwards, que marcou na insistência a um canto, após Neto ter visto Andrew negar-lhe também a ele a hipótese de festejar. O resultado era dilatado para o que se assistia no relvado, mas em cima do intervalo, Fran Navarro, já depois de um primeiro golo anulado por fora de jogo, reduziu a desvantagem e aproveitou da melhor forma um belo passe de Pedrinho – são já 11 assistências na temporada.
Se a primeira parte, embora com maior ascendente dos leões, foi animada e teve oportunidades para as duas equipas, a segunda foi totalmente dominada pelo Sporting. Sem alterações, mas com outra intensidade, os homens de Amorim mostraram ao que vinham logo ao segundo minuto, com Pablo Sarabia a ameaçar o bis. De resto, o golo não tardou. Pouco depois, Matheus Nunes descobriu Nuno Santos e o médio, depois de um belo trabalho, cruzou forte para um autogolo de Lucas Cunha.
Numa das raras iniciativas do Gil Vicente na segunda metade, Fran Navarro ainda voltou a reduzir a desvantagem, só que o lance foi anulado por posição irregular de Fujimoto. Os minutos finais, já com várias alterações dos dois lados, foram de controlo leonino, agora bem menos intenso. O jovem Rodrigo Ribeiro ainda ficou perto de voltar a levantar as bancadas de Alvalade, mas o remate saiu a rasar o poste e o resultado não voltou a sofrer alterações.
Será uma grande surpresa se o Sporting ainda conseguir chegar ao título, mas os leões não entraram em facilitismos e voltaram a adiar a luta. Mais do que isso, os homens de Rúben Amorim asseguraram mais uma vez o acesso direto à Liga dos Campeões, algo fundamental para o projeto leonino.
A primeira parte do Gil Vicente foi muito positiva e mostrou o porquê de tantos elogios e da quinta posição. No entanto, a segundo ficou aquém da expetativa. Os gilistas, também por mérito do Sporting, foram-se abaixo e revelaram-se incapazes de lutar pelo resultado até ao apito final.