Atacar, atacar e...atacar, mas sem marcar

Poucos jogos são um exemplo tão bom de «sentido único» como este Liverpool x Arsenal, a contar para a 1ª mão das meias-finais da Taça da Liga. Um jogo que terminou sem golos, mas que na realidade só poderia ter tido golos na baliza do Arsenal.

Convém dizer que, apesar de o Liverpool ser favorito, este tal jogo de sentido único apenas aconteceu porque os gunners jogaram mais de uma hora com apenas 10 elementos.

Podemos até começar o resumo do nosso jogo por aí. Aos 24 minutos, quando o jogo estava morno e bastante dividido, surgiu o momento da partida. O Arsenal tinha acabado de ter um contra-ataque perigoso, travado por Diogo Jota, curiosamente. Ora, o mesmo Jota, segundos mais tarde, viria a aparecer nas costas da defesa da equipa de Londres e quando se preparava para ficar isolado foi completamente «varrido» por Granit Xhaka. Expulsão clara.

Depois desse momento vivemos o tal jogo de um sentido. Ainda assim, convém dizer que faltou criatividade ao Liverpool para desmontar a defesa do Arsenal, sendo que as ausências de Salah e Mané, ambos na CAN, pesou bastante.

O verdadeiro sufoco veio nos últimos 10/15 minutos, aí sim se viu um verdadeiro massacre dos reds, mais na força que na arte. Nessa fase foram perto de uma dezena os lances tirados pelo guarda-redes ou por defesas já quase em desespero. Foram tantas que até fica complicado descrever alguma, mas, acredite, houve de tudo. Lances tirados em cima da linha, grandes defesas, cortes de carrinho no último momento e até um falhanço impressionante de Takumi Minamino.

Este nulo deixa tudo em aberto para a 2ª mão, na casa do Arsenal, no dia 20 de janeiro. Nota ainda para o facto de os golos fora não contarem nesta eliminatória.