Custou, mas foi! Em jogo em atraso da 1ª jornada da Liga NOS, o Sporting virou um resultado desfavorável e bateu o Gil Vicente por 3x1.
Para este embate em Alvalade, Rúben Amorim optou por manter a fórmula que deu a vitória diante do Santa Clara, sendo que o destaque foi para a chamada ao banco de Pedro Marques, avançado da equipa B. Já Rui Almeida promoveu três novidades no seu onze titular, protagonizadas por Lucas Mineiro, Kanya Fujimoto e Miullen.
A partida abriu com a melhor oportunidade de golo da primeira parte, na sequência de um pontapé de canto de Nuno Mendes, onde Ygor Nogueira quase traiu Denis, que fez uma boa defesa. No entanto, os leões não foram capazes de capitalizar este lance e foram afastando-se da baliza gilista. A turma de Rui Almeida mostrou-se muito bem organizada e surpreendeu com uma forte pressão, que condicionou a primeira fase de construção dos sportinguistas.
O cronómetro foi avançando e os golos continuavam bem longe. A formação da casa só foi capaz de voltar a assustar através de cantos, com Zouhair Feddal em destaque, enquanto o Gil Vicente tentou a sua sorte apenas em cima do intervalo, através de um remate de meia-distância de Samuel Lino.
A etapa complementar arrancou com um ritmo baixo, idêntico ao do primeiro tempo, mas trouxe um golo consigo. Na sequência de uma falta de João Palhinha sobre Miullen, o Gil Vicente beneficiou de um livre lateral, batido por Talocha e finalizado por Lucas Mineiro (52') , que surgiu solto entre Matheus Nunes e Zouhair Feddal e finalizou com um toque subtil. Perante esta desvantagem, Rúben Amorim mexeu no seu xadrez, colocando Tiago Tomás, Andraz Sporar e Daniel Bragança em cena, na esperança de abanar um jogo que estava muito morto.
O Gil Vicente consentiu o tento sofrido e num período de desconcentração, acabou por consentir o segundo golo. Num rápido contra-ataque, Andraz Sporar ganhou o duelo com os centrais adversários, esperou pelo apoio de Daniel Bragança e o médio leonino tirou da cartola um passe de mestre para Tiago Tomás (84'), que fugiu à marcação para matar as esperanças gilistas.
Sem forças para chegar ao empate, o Gil Vicente acabou por perder um jogo que até parecia bem encaminhado. Mérito para os homens do Sporting que saltaram do banco e que ofereceram um triunfo arrancado a ferros, que vale o segundo lugar no Campeonato. Já no último minuto de jogo, Pedro Gonçalves (95') também molhou a sopa e assinou o 3x1.
Arbitragem de André Narciso sem grandes sobressaltos. Devido ao jogo algo faltoso, o juiz setubalense levou o apito muitas vezes à boca e recorreu aos cartões amarelos, mas manteve um bom critério. Esteve bem ao não assinalar um eventual penálti sobre Andraz Sporar, mas errou ao assinalar um fora de jogo inexistente a Nuno Santos.
Estratégia muito bem delineada por parte de Rui Almeida, que apresentou uma equipa bastante coesa e pressionante. O Gil Vicente não só parou o ataque dos leões durante grande parte do jogo, como também foi capaz de causar estragos nas saídas rápidas, uma das quais esteve na génese do seu tento.
A primeira parte do Sporting foi desinspirada e os leões sentiram muitas dificuldades para ultrapassar o bloco pressionante e coeso dos gilistas. Na segunda parte, o cenário demorou muito até mudar de figura, sendo necessária a entrada dos suplentes.