Na ressaca de uma jornada europeia amarga para o Benfica, marcada pelo encerramento da porta dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões para os encarnados, na sequência de um empate em Leipzig, a equipa de Bruno Lage reergueu-se perante o seu público.
Em dia de estreias, tanto do novo relvado como do novo técnico dos insulares (José Gomes), o Benfica contou com um inspiradíssimo Carlos Vinícius para ultrapassar um Marítimo (4x0) inserido numa espiral de maus resultados.
Três mudanças. José Gomes optou por não mexer em demasia na estrutura dos madeirenses, mudando apenas uma peça em cada um dos setores, e a equipa até começou por dar alguns sinais positivos após 20 dias de interregno competitivo. Sol de pouca dura, diga-se.
🇧🇷 Carlos Vinícius a fazer hat trick no futebol português
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A balança esteve equilibrada apenas durante os primeiros sete minutos, período de tempo que permitiu ao Marítimo chegar com certo critério à área benfiquista, mas depressa pendeu para o lado do Benfica, muito por culpa destes dois homens: Pizzi e Carlos Vinícius.
O avançado brasileiro recebeu muito bem a bola na área maritimista, de costas para a baliza à guarda de Amir, rodou sobre Grolli e entregou de bandeja ao camisola 21 para este encostar para o 15.º golo da temporada e igualar o melhor registo da carreira. E ainda vamos em novembro...
A combinação de excelência fez vibrar as bancadas da Luz e não foi preciso esperar muito para que se assistisse a outro momento de bom futebol. Chiquinho, André Almeida e Taarabt participaram de forma muito meritória na construção da jogada, mas os protagonistas voltaram a ser os mesmos, desta feita com Pizzi a assistir Vinícius para o 2x0.
Mas, calma, eles não ficaram por aqui. Minuto 32. Bola pelo corredor direito do ataque das águias, cruzamento de Pizzi e golo de Vinícius. Amir ainda deu uma sapatada na bola, mas o toque do iraniano veio a revelar-se fatal para o desfecho da jogada.
O intervalo chegou em excelente altura para o Marítimo. Terá sido, porventura, este o pensamento que invadiu a mente do treinador José Gomes, ao ver a sua equipa com muitas dificuldades nos momentos de definição. O Marítimo tinha sido completamente engolido pelo Benfica nesse capítulo e houve várias oportunidades, sempre com Pizzi e Vinícius (e também Chiquinho) em bom plano, para a vantagem das águias ser mais dilatada no final do primeiro tempo.
Gabriel expulso pela 2ª vez desde que está no futebol português
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No recomeço da partida, André Almeida ficou pelos balneários, sendo substituído pelo miúdo Tomás Tavares, tendo sido a única alteração. O jogo manteve-se o mesmo: Benfica superior e dominador à espera de uma nova oportunidade para ir ao encontro da baliza de Amir.
A vontade era tanta, o futebol praticado legitimava esse mesmo desejo, e o quarto golo lá apareceu para saciar o insaciável Carlos Vinícius, que já tinha visto o hat-trick ser-lhe negado na primeira parte, por posição irregular.
Desta vez, o avançado estava em jogo no momento do forte remate de Chiquinho, para defesa incompleta de Amir, e só teve de encostar para o terceiro. Mais um momento para o público ver a pose do golo do 95.
E nem mesmo a expulsão de Gabriel, aos 60 minutos, por acumulação de amarelos, trouxe um ânimo diferente ao Marítimo, cumprindo os mínimos para impedir que a desvantagem chegasse à mão cheia.
Assistiu e marcou três. Numa vitória por 4x0, é difícil pedir mais de um avançado. Além dos golos, o avançado brasileiro destacou-se pelo trabalho em prol da equipa. Segurou, controlou e dominou na perfeição. Uma tarde/noite em cheio.
O Marítimo mostrou alguns sinais positivos nos primeiros minutos, em que conseguiu chegar à área contrária, mas não aguentou a forte dinâmica ofensiva dos encarnados. Faltou definição aos homens de José Gomes. E nem a expulsão de Gabriel ajudou.