O Benfica é o vencedor da 41.ª edição da Supertaça Cândido de Oliveira. Os encarnados confirmaram os bons indicadores deixados na pré-temporada e iniciaram da melhor maneira a época desportiva 2019/20, com vitória convincente sobre o rival Sporting (5x0), no Estádio Algarve.
Rafa Silva desbravou caminho com a ajuda de Pizzi no primeiro tempo e Chiquinho fechou uma segunda parte endiabrada das águias em solo algarvio.
«Em relação à pré-época do Sporting, dizer também que fiquei curioso por nunca ter colocado em campo uma linha de cinco defesas. Pode ser aí o fator surpresa.» Lage tinha razão. Keizer tinha reservado o sistema de cinco defesas para a Supertaça – o treinador holandês juntou Luís Neto à dupla habitual Mathieu-Coates.
🏆Vencedores da 🇵🇹Supertaça Cândido de Oliveira:
21 FC Porto
8 Benfica
8 Sporting
3 Boavista
1 V. Guimarães pic.twitter.com/so5zQ2uNu6
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A opção de Keizer surpreendeu o adversário numa fase inicial, que teve algumas dificuldades para ultrapassar a barreira leonina, mais ainda pela presença de Idrissa Doumbia logo acima da linha de cinco no momento de transição defensiva do Sporting. E o Benfica também demorou a acertar o seu posicionamento defensivo no sentido de travar as investidas dos leões.
Odysseas Vlachodimos teve um papel determinante na primeira parte – três defesas fantásticas a remates de Bruno Fernandes (29’ e 38’) e ainda a evitar um auto-golo de Ferro logo no arranque. O guarda-redes helénico permitiu que os encarnados tivessem o tempo suficiente para se organizarem e perceberem como e em que momento poderiam ferir o leão.
E foi num dos poucos momentos em que a linha defensiva de Keizer se perdeu (Thierry foi fechar por dentro com Rafa a aproveitar o espaço nas suas costas) que o Benfica chegou ao golo. O passe de Pizzi é açucarado e a finalização de primeira de Rafa Silva não deixou nada a desejar.
Foi este o primeiro sinal de uma parceria de luxo no Algarve. Pizzi-Rafa, entenda-se. Mas já lá vamos.
O golo deixou mossa na equipa do Sporting. E nem o intervalo foi bom conselheiro da equipa de Keizer. Aliás, foi o Benfica que aproveitou da melhor forma a pausa no jogo para acertar os erros cometidos durante o primeiro tempo e que podiam ter tido outras consequências para as águias.
⚠️Não se via um resultado tão desnivelado num jogo da 🏆Supertaça Cândido de Oliveira desde os 0-5 do FC Porto na 2.ª mão em pleno estádio da Luz em 1996
▶️Diferença de 5+ golos:
2019 SLB 5-0 SCP
1996 SLB 0-5 FCP
1982 SCP 6-1 Braga pic.twitter.com/w1LIIr5ENF
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Um erro de Mathieu, depois de corte de Coates junto à linha de grande área, revelou-se fatal para o Benfica chegar ao 2x0. Rafa pressionou o experiente central francês e assistiu Pizzi para o segundo dos campeões nacionais. O camisola 27 devolvia desta forma a gentiliza que o capitão teve para consigo no encerramento da primeira metade.
Se as coisas estavam mal para os verdes e brancos, tudo ficou pior pouco depois. Minuto 63. Nuno Almeida assinalou falta junto à área do Sporting e Grimaldo teve um daqueles momentos de inspiração. Renan ainda tocou no esférico, mas não conseguiu evitar que este seguisse o caminho da baliza.
Depois do 3x0, o Benfica continuou a carregar sobre o adversário e o quarto e o quinto acabaram por surgir de forma natural, perante a incapacidade dos homens de Keizer em suster esse ímpeto ofensivo. Rafa voltou a assistir Pizzi, para o quarto, e Chiquinho fechou a contagem, já depois de Idrissa Doumbia ter sido expulso por acumulação de amarelos.
Em suma, entrada em beleza da turma de Lage e muito trabalho de casa para Keizer a uma semana do arranque do Campeonato.