Podia ter sido a machadada final na questão do quinto lugar e podia, caso o Moreirense ganhasse, ficar também perto da definição o segundo despromovido, mas aconteceu o inverso. Com uma vitória arrancada a ferros em Moreira de Cónegos, com o fato-macaco vestido, o conjunto flaviense manteve-se vivo na luta pela manutenção e ganhou um novo fôlego.
Com os mesmos que jogaram nos Açores, à exceção do guarda-redes, que foi o jovem Macedo (registou um recorde que pode conhecer aqui), o Moreirense apresentou-se mais confiante e descomprimido, o que é perfeitamente normal para uma equipa que tinha visto o vizinho Vitória SC perder na véspera. Mais do que defender o quinto lugar, estava no horizonte deixá-lo praticamente garantido.
A intenção esbarrou num Chaves compacto e a querer ao máximo evitar sofrer para subir os índices de confiança e depois marcar. Em parte, conseguiu-o, já que a dinâmica de um Moreirense tão rapidamente em 4x3x3 como em 4x4x2 ou em 3x5x2 foi normalmente bem anulada no último terço.
Ainda assim, uma exceção na regra que era a supremacia ofensiva do Moreirense. Que continuou na segunda parte, para a qual Ivo Vieira foi mais rápido a mexer: o jovem Lucas Rodrigues entrou ao intervalo, Nenê foi pouco depois e quase marcava na primeira ação.
Se um foi mais rápido, o outro foi mais feliz. Ghazaryan foi a primeira opção vinda do banco e saiu do pé dele um livre que Maras finalizou para a baliza. Foi numa altura em que a equipa da casa estava melhor e na qual os flavienses faziam alguma quebra de ritmo sempre que possível, mas surgiu pela formação capaz de ser eficaz.
António Filipe esteve bem, a defesa flaviense ainda mais, mas o 0x1 justifica-se sobretudo porque houve ineficácia do outro lado do campo, onde desta vez as boas ideias não levaram a um bom fim.