O Sporting começou da melhor maneira a defesa da Taça da Liga ao bater o Marítimo por 3x1 na primeira jornada do grupo D. Os leões protagonizaram uma excelente partida e estiveram quase sempre por cima, conquistando um triunfo importante neste regresso à competição.
Os leões saíram para o intervalo a vencer por 1x0 e na segunda parte o Marítimo procurou reagir, mesmo após o golo de Bruno Fernandes. Correa ainda reduziu, mas o mesmo Bruno Fernandes voltou a marcar logo a seguir e tranquilizou a sua equipa, num jogo em que Gudelj e Diaby fizeram a estreia de leão ao peito e que ficou também marcado pelo regresso de Danny a Alvalade, 13 anos depois.
A época passada não trouxe muitas coisas boas para o Sporting, mas a Taça da Liga foi um dos pontos positivos do leão. A defender o troféu, Peseiro não entrou pelo caminho das mudanças em jogos da Taça da Liga e defrontou o Marítimo com uma equipa perto daquela que tem sido mais utilizada. Cláudio Braga teve a mesma forma de pensar e quem olhar para os onzes pode ficar na dúvida se este foi um jogo do campeonato ou da Taça Allianz.
Sem grandes alterações nos onzes, também não houve muitas mudanças estratégicas. O Sporting entrou melhor, com mais velocidade e olhos na baliza. Raphinha foi o elemento mais entusiasmante desse início de encontro, que só não teve golos porque Jovane Cabral, a estrear-se a titular, não acertou na bola no momento de finalizar.
Passado o momento de maior ímpeto leonino, o Marítimo foi aparecendo mais em jogo, muito graças às recuperações de Jean Cléber ou Fabrício, que iam procurando levar a equipa para a frente. Apesar do maior equilíbrio, o Sporting continuou a dominar a partida e a tentar sair para o ataque de forma organizada e mais temporizada do que na etapa inicial, período no qual Bruno Fernandes sentiu dificuldades fruto do excesso de bolas longas.
Se até então a capacidade de recuperação dos homens do Marítimo era de elogiar, acabou por ser a recuperação sportinguista a originar o primeiro golo da partida. Com as linhas de pressão bem subidas, a equipa de Peseiro tentou sempre dificultar a transição maritimista e isso acabou por resultar. Acuña foi rápido a recuperar e Montero foi inteligente a assistir Raphinha para o golo leonino.
Em vantagem, o Sporting procurou ter ainda mais bola no pé e tentar jogar menos de forma direta (trabalho de Peseiro durante a paragem das seleções?). A equipa de Cláudio Braga continuou na expectativa e manteve a organização, mas isso fez com que regressasse aos balneários sem qualquer ocasião flagrante de golo.
Depois de uma primeira parte de domínio algo consentido, o Sporting sentiu mais dificuldades perante um Marítimo mais atrevido e com outro tipo de intenções. A equipa de Peseiro regressou dos balneários mais adormecida e só Jovane Cabral estava a procurar mexer com o jogo. A velocidade do extremo leonino estava a ser incomodativa para a defensiva maritimista, que acabou por cometer uma grande penalidade convertida com muita calma por Bruno Fernandes.
A vantagem de dois golos não tardou a ser contrariada. O Marítimo aproximou-se da baliza de Salin e conseguiu mesmo chegar ao golo. Depois do número 8 sportinguista ter marcado, foi a vez do número 8 da equipa de Cláudio Braga. Correa estava a ser o elemento mais inconformado e a uma bola perdida por Acuña respondeu com o golo.
O tento do argentino podia ter relançado a partida caso Bruno Fernandes não tivesse feito das suas. O médio leonino fez uma exibição em crescendo e pegou imediatamente na bola após o golo sofrido numa demonstração de vontade em resolver rápido as coisas... e assim foi. O internacional português finalizou uma bela jogada que ele próprio criou e voltou a dar grande conforto ao conjunto de Peseiro, que a partir desse momento voltou a dominar o jogo por inteiro.
Até final, oportunidade para as estreias de Gudelj e Diaby e ainda para os primeiros minutos de Wendel na nova época. Os leões ainda foram criando algumas oportunidades de golo mas o 3x1 manteve-se até final da partida, sendo que o Marítimo acabou com menos um elemento por expulsão de Lucas Áfrico após falta duríssima sobre Wendel. Uma maneira menos boa de terminar um jogo que teve bons momentos de futebol.