Sporting e Benfica não foram além de um empate a zeros no encontro da 33.ª jornada da Liga NOS. O emblema da Luz teve várias oportunidades para desatar o nó no primeiro tempo, mas chocou de frente com um Rui Patrício inspirado. A segunda parte foi de mais gestão e as oportunidades escassearam. Resultado? 0X0.
Intenso. Apaixonante. Imprevisível. Há lá melhores palavras para descrever o encontro entre Sporting e Benfica, em Alvalade. O dérbi da Segunda Circular é um jogo histórico e as duas equipas fizeram de tudo para honrar e preservar os valores dessa mesma história. A primeira metade foi rica em oportunidades de golo, com as duas equipas numa luta sagaz pelo segundo lugar do Campeonato e os consequentes milhões da Liga dos Campeões que resultam dessa mesma classificação.
⚠Não se registava um nulo entre Benfica e Sporting desde 2009/10 (era Jorge Jesus o treinador dos encarnados)
➡O Benfica somou a sexta época consecutiva sem perder em Alvalade na Liga pic.twitter.com/s6ueK9yevj
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Com um Sporting fiel à sua matriz, registando-se apenas os regressos de Cristiano Piccini e William Carvalho à equipa inicial, os leões tiveram pela frente um Benfica igual no modelo, mas muito diferente no seu estilo, sobretudo na linha de meio-campo, onde Samaris surgiu ao lado de Fejsa e Zivkovic para dar maior músculo ao miolo. Por sua vez, Pizzi foi colocado na ala em detrimento de Franco Cervi.
Naquela que à primeira vista poderia parecer uma aposta mais defensiva por parte de Rui Vitória, o tempo de jogo encarregou-se de mostrar o contrário, com o Benfica a ganhar a batalha no meio-campo e a conseguir fugir em transições rápidas até à área leonina, graças à verticalidade e velocidade de Rafa.
O extremo português esteve autenticamente endiabrado no primeiro tempo e travou duas lutas muito interessantes com Rui Patrício. Contudo, o guarda-redes esteve à sua medida entre os postes – gigante! - e contou ainda com a ajuda dos ferros para evitar que o Benfica chegasse à vantagem, que não seria nada descabida por tudo aquilo que aconteceu nos primeiros 45 minutos.
Samaris e Pizzi também testaram os reflexos do camisola 1 dos leões, mas também não foram eficazes. Muito mérito para Rui Patrício. Seguro e confiante. Na resposta, em cima do apito para o intervalo, Bas Dost protagonizou lance a fazer lembrar Zinedine Zidane – bela roleta do avançado holandês -, só que decidiu mal. Muito mal.
O encontro estava animado e a primeira parte deixava água na boca. A grande questão seria saber se as equipas iam conseguir manter a intensidade, principalmente os encarnados que entraram a todo o vapor na casa do rival.
A resposta é simples: a segunda metade foi muito mais estratégica e recheada de batalhas táticas do que propriamente oportunidades claras de golo. A intensidade também baixou, tanto de um lado como do outro, e foi muito mais complicado quer para águias quer para leões chegarem à área contrária.
3.ª vez neste Século que o Sporting termina o 🇵🇹campeonato sem derrotas em Alvalade:
2007/08 (Paulo Bento)
2014/15 (Marco Silva)
2017/18 (Jorge Jesus) pic.twitter.com/4nGXAZzDVs
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Uma combinação entre Toto Salvio e Raúl Jiménez foi o melhor que se viu nos primeiros 25 minutos, numa jogada em que o internacional mexicano falhou por muito pouco o objetivo, que passava por desviar a bola para o fundo das redes de Rui Patrício.
A saída de William Carvalho, aos 63 minutos, para a entrada de Marcus Acuña – o argentino fixou-se no corredor esquerdo, fazendo recuar Bryan Ruiz para o meio-campo, ao lado do todo-o-terreno Rodrigo Battaglia -, deu um pouco mais de acutilância ofensiva aos leões, mas faltou uma melhor ligação entre os setores.
O empate sem golos prolongou-se até ao final e acabou por beneficiar mais o Sporting, que empatou a 1x1 no Estádio da Luz, no encontro da primeira mão, e fica assim em vantagem no confronto direto para encarar a última jornada da Liga NOS, agendada para a próxima jornada.
Além disso, graças ao empate entre leões e águias, o FC Porto conquistou o título de campeão nacional no sofá. Os dragões entram em campo apenas amanhã, mas, em termos matemáticos, já nada os pode fazer cair do primeiro lugar.