O Benfica está de regresso aos triunfos. A equipa de Rui Vitória ainda saiu para o intervalo em desvantagem frente ao Rio Ave, fruto de uma exibição algo cinzenta e de um golo de Hélder Guedes, mas conseguiu operar a reviravolta na segunda parte, com uma atitude completamente revigorada.
Jardel, Pizzi, Jonas, Rúben Dias e Jiménez evitaram nova escorregadela das águias e os encarnados já lideram à condição, em igualdade pontual com o Sporting, que tem menos um jogo.
O Benfica voltou a ser o primeiro dos três grandes a entrar em campo e apresentou-se na Luz apenas com uma alteração face ao onze apresentado no estádio do Restelo, num jogo que saiu caro aos encarnados. Zivkovic entrou para o lugar de João Carvalho numa tentativa clara de dar mais velocidade ao corredor central.
O ⚽golo de Guedes (9 minutos) foi o + rápido sofrido pelo 🦅Benfica na 🇵🇹Liga NOS.
➡A última vez que os encarnados tinham sofrido um golo em casa no campeonato antes dos 10 primeiros minutos tinha sido em 2015/16, frente ao V. Setúbal pic.twitter.com/9Hr8BJnYUq
— playmakerstats (@playmaker_PT) 3 de fevereiro de 2018
Os encarnados até entraram bem na partida, só que o Rio Ave tinha um presente envenenado para oferecer ao conjunto de Rui Vitória. Bruno Teles recuperou a bola quando Salvio procurava lançar o ataque do Benfica, Geraldes (que talento!) conduziu a seu bel-prazer a bola até à linha e cruzou para Guedes atraiçoar Bruno Varela, que ficou ligeiramente mal na fotografia.
O golo rioavista condicionou as águias, que tremeram pouco depois com uma bola enviada ao ferro por João Novais, e assistiu-se nos minutos que se seguiram a um Rio Ave muito mais confiante nas suas ações e a trabalhar muito bem o esférico contra um Benfica lento, sem ideias, previsível e, acima de tudo, a depender dos rasgos individuais de Cervi e Jonas.
Nos últimos dez minutos, o Benfica conseguiu finalmente criar perigo junto à baliza adversária, com três boas oportunidades, sempre com Jonas e Cervi ao barulho, só que a inspiração de Cássio e/ou o desacerto encarnado justificaram a desvantagem da equipa da casa ao intervalo.
A segunda parte da equipa de Rui Vitória foi a antítese da primeira. Os encarnados entraram com uma atitude completamente diferente, melhoraram do ponto de vista da agressividade, no bom sentido, entenda-se, e conseguiram aquilo que tanto ambicionavam: comandar o jogo.
📢Com os 3 marcados hoje nessa sequência, o Benfica passa a ser a equipa com mais ⚽golos de canto na Liga NOS 2017/18:
+ golos de canto Liga:
8 BENFICA🔝
6 FC Porto, SC Braga pic.twitter.com/A2pZoHetaA
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No fundo, os tetracampeões nacionais conseguiram dar seguimento ao bom momento iniciado no final da primeira metade, mas, ainda assim, bem melhores do ponto de vista da finalização e da pressão sobre os vilacondenses.
O empate surgiu com naturalidade, aos 48 minutos, na sequência de um canto apontado na esquerda por Cervi, finalizado pelo capitão Jardel. O golo do central brasileiro acordou definitivamente o Benfica para a necessidade de correr atrás do benefício.
Zivkovic e Jonas desenharam o golo de Pizzi, aos 63 minutos, que permitiu à equipa da casa assumir pela primeira vez a frente do marcador e sete minutos volvidos, já perante algum desgaste do Rio Ave, foi a vez de Jonas marcar pelo 10.º jogo consecutivo.
O terceiro golo do Benfica acabou por ser um rude golpe para os homens de Miguel Cardoso, que não mais se reergueram e ainda permitiram que o adversário avolumasse o resultado, através de Rúben Dias, novamente na sequência de uma bola parada (três em cinco na sequência de bola parada), e Raúl Jiménez.