A pressão psicológica sobre o FC Porto pode muito bem ter chegado ao fim antes do que os sportinguistas esperariam. Os leões estiveram a ganhar até ao último fôlego mas permitiram o empate (1x1) diante do Vitória de Setúbal. Numa espécie de vingança do encontro da primeira volta, já perto do fim, os sadinos conseguiram um importante ponto com uma grande penalidade convertida por Edinho já mesmo no final da partida.
Antes da Taça da Liga, há o campeonato. Vitória e Sporting não entraram em poupanças antes da prova que se realizará na próxima semana e foram para o campo na máxima força. Leões lutam pelo campeonato, sadinos pela manutenção e essa diferença de objetivos foi visível na forma como os dois treinadores abordaram a partida.
O meio-campo sadino começou a procurar a bola com maior agressividade e conseguiu equilibrar a partida, obrigando até a alguns erros dos leões, especialmente a Piccini que esteve perto de dar um golo a João Amaral. Depois do susto, acabou por ser o Sporting a inaugurar o marcador. Coates saiu bem da pressão de João Teixeira e num lance de contra-ataque Gelson serviu Bruno Fernandes que voltou a fazer a diferença. O Sporting chegava ao intervalo a vencer pela oitava vez este campeonato.
A vantagem alcançada no primeiro tempo deu maior fôlego à equipa de Jorge Jesus que veio dos balneários com vontade de chegar rapidamente a um segundo golo que permitisse respirar ainda melhor e gerir o resto da partida, em véspera do encontro com o FC Porto, até porque a época é longa e os jogos são uns atrás dos outros. Era um leão muito mais pressionante, mais rápido e cada vez mais perto da baliza de Cristiano, pelo menos no reatar da partida.
Os sadinos pareciam adormecidos e não estavam a conseguir aproximar-se de qualquer das formas da baliza de Rui Patrício. Ainda assim, depois de uma bola longa, João Amaral teve aquela que acabou por ser a melhor oportunidade do Vitória durante todo o encontro. Coates tirou perto da linha de golo, mas os sadinos começaram a acreditar.
Na zona dos onzes metros, o avançado sadino não vacilou e fez os leões tropeçarem. E agora, ainda há pressão psicológica?