E ficou tudo na mesma. Benfica e Sporting tinham colocado pressão no FC Porto, mas os dragões não deixaram dúvidas de que sabem lidar com isso e responderam com uma goleada de mão cheia no Bonfim perante um Vitória FC em depressão e que aos poucos vai ficando mais próximo dos últimos lugares. Aboubakar, com um hat-trick e Marega, com um bis, foram as grandes figuras da partida.
Disputava-se, no Bonfim, um jogo importante para Vitória FC e FC Porto. Os sadinos procuravam afastar-se das zonas aflitas da tabela e terminar com a pior sequência de resultados da época. Já os dragões jogavam, pela primeira vez desde há muito tempo, com a pressão de recuperar a liderança. Com estas contingências, José Couceiro e Sérgio Conceição fizeram algumas mexidas, com destaque para a alteração tática no esquema dos sadinos.
Dos balneários as equipas traziam um ritmo acelerado, só que do lado dos da casa esse ritmo que durou pouco tempo e acabou por ser desperdiçado por Edinho que nos primeiros cinco minutos encontrou mais espaço do que no viria a ter no resto do encontro. Os dragões, pouco a pouco, começaram a obrigar a equipa sadina a juntar meio-campo e defesa num espaço demasiado curto e com recurso ao futebol direto os começavam a ameaçar um golo que Cristiano ia adiando.
Numa partida com muito vento, os lances de bola parada tinham maior importância do que nunca e foi depois de o vento quase dar em golo de canto direto para Alex Telles que o FC Porto chegou ao golo. Aboubakar, no meio da molhada, foi mais lesto e fez o primeiro para os dragões num lance que motivou vários protestos e que levou à expulsão de José Couceiro. Estava desbloqueada a partida, faltava ver de que maneira iriam reagir as duas equipas.
Os minutos que antecederam o intervalo trouxeram mais complicações para os sadinos, a dobrar. A equipa setubalense não conseguiu reagir ao primeiro golo e nem teve muito tempo para o fazer. Os dragões chegaram ao segundo num lance às três tabelas que deixou a equipa portista mais confortável. Antes da ida para os balneários Aboubakar converteu uma grande penalidade que obrigou a VAR e os dragões construíam uma vantagem muito confortável em apenas quarenta e cinco minutos, o melhor que Sérgio Conceição podia pedir. Um segundo tempo com gestão pós-Champions e ao sabor de muita chuva.
🇲🇱Aboubakar bate o máximo de golos marcados numa só época [20]:
17/18 🔵FC Porto [20]
16/17 🇹🇷Besiktas [19]
15/16 🔵FC Porto [18]
14/15 🔵FC Porto / 🇫🇷Lorient [9]
13/14 🇫🇷Lorient [16]
12/13 🇫🇷Valenciennes [3]
11/12 🇫🇷Valenciennes [8]
10/11 🇫🇷Valenciennes [8] pic.twitter.com/veqoE5xSWc
— playmakerstats (@playmaker_PT) 10 de dezembro de 2017
A gestão de Conceição era expectável e ficou demonstrada logo no reatar da partida quando o treinador portista decidiu descansar Brahimi. O baixar de ritmo dos dragões foi permitindo alguma aproximação sadina à baliza de José Sá, mas sem causar grande perigo. O mesmo não se pode dizer dos azuis e brancos que embora não chegassem tantas vezes à area de Cristiano acabaram por chegar à goleada num lance de Marega que acabou por permitir o hat-trick de Aboubakar.
O desenrolar da partida mostrou um Vitória FC resignado e um FC Porto com o objetivo mais do que cumprido e ainda a ter tempo para o golo mais bonito. Trivela de Aboubakar na assistência e Marega a picar a bola por cima de Cristiano, um ponto final no resultado dado com muita classe. Se havia dúvidas se os dragões iriam saber lidar com a pressão a resposta não podia ser mais óbvia, manita e novamente no topo do campeonato.