Foi um jogo muito tranquilo aquele a Bélgica teve frente à Hungria este domingo à noite. Uma vitória por 0x4 e que, só não foi maior porque houve um grande Kiraly e muito desperdício dos atacantes belgas. A Bélgica era favorita e soube fazer valer esse estatuto. Uma vitória frente à Hungria e, agora, segue-se um confronto com o País de Gales, nos quartos de final do Campeonato da Europa.
Tínhamos dito na antevisão que o jogo iria passar muito pela forma como a Hungria ia defender. Se defendesse de forma muito recuada teria muitas dificuldades e foi o que aconteceu no início de jogo. Com demasiado respeito pelas individualidades da Bélgica, a Hugria começou o jogo muito atrás, uma medida que acabou por ser fatal. Hazard subiu (e muito!) de produção e os belgas criaram muitos problemas no início da partida. Esses problemas culminaram com o golo do central Toby Alderweireld, num livre Kevin de Bruyne.
Depois de se ver a perder a Hungria quis ir para o ataque, mas, quem tem uma manta de qualidade tão curta, acaba por destapar demasiado quando tenta subir. Os húngaros abriram demasiados espaços atrás e, quando se joga contra craques como Hazard, de Bruyne e companhia, só um milagre impede que existam mais golos. Esse milagre chamou-se Gábor Király que, por mais que uma vez negou o 0x2, ainda na primeira parte, mantendo a Hungria no jogo. Aquela defesa que teve perante o livre de Kevin de Bruyne, aos 35 minutos, mostraram bem que o pijama man está para as curvas. Por seu lado, o ataque da Hungria tentava sempre em remates de longe.
Talvez inspirados com o que o guarda-redes estava a fazer para manter a Hungria na competição, os colegas decidiram começar a jogar e os húngaros melhoram. Para essa melhora também contribuiu a entrada de Ákos Elek, que deu mais capacidade de roubar e ter bola. Ainda que só tenha durado 15 minutos, a Hungria mostrou que poderia discutir o jogo, mas, apenas, se a Bélgica continuasse a desperdiçar oportunidades. Infelizmente para os húngaros isso não aconteceu e o Michy Batshuayi, dois minutos depois de entrar, fez o segundo golo e matou o jogo após jogada de Eden Hazard. Logo depois, o mesmo Hazard fez o terceiro, num lance de génio e já nos descontos ainda surgiu o quarto golo, por parte de Carrasco.
O vencedor do jogo nunca teve em causa, mesmo com todo o desperdício da Bélgica. Ainda assim, Király não merecia perder por tantos, mas com uma defesa tão desastrada, seria complicado. Uma vitória da equipa mais forte, que mostrou que pode ser a equipa mais temível do lado «fraco» no caminho para a final do Campeonato da Europa.