A Alemanha é vista como a grande favorita à conquista do Europeu. Com um plantel de luxo, os campeões do Mundo são uma aposta segura na prova. No primeiro jogo, frente à Ucrânia, a máquina trituradora deu sinais de estar montada, mas ainda denota alguma areia na engrenagem. Precisam de ser feitas algumas afinações para o produto resultante da linha de montagem começar a sair perfeito. Grande parte das afinações têm de ser feitas na saída de bola da equipa alemã que, este domingo, teve dificuldades nesse momento e permitiu à Ucrânia criar várias situações de perigo. Ainda assim, e como no fim ganha sempre a Alemanha, um golo de Mustafi e outro de Bastian Schweinsteiger deu a vitória na estreia, frente a uma boa equipa da ucraniana.
O jogo começou da forma que se esperava. Alemanha a ter bola, a rodar, até ter oportunidade. Ainda assim, Neuer teve de se aplicar aos cinco minutos para negar o golo a Yevhen Konoplyanka. Não foi uma surpresa quando Mustafi, após livre perfeito de Kroos, inaugurou o marcador. Mas quem esperava que o resto do jogo fosse um passeio alemão e a dúvida seria por quantos iam ganhar, rapidamente teve de mudar de opinião. É que o golo teve o condão de motivar a Ucrânia que carregou sobre a área alemã e apenas a inspirada exibição de Neuer, e um corte na linha de Boateng, negavam o empate.
A Alemanha saiu para o intervalo, mas, com certeza, que os seus adeptos não estavam descansados. Nem podiam... Com isso em mente o selecionador Joachim Löw pediu mais intensidade à sua equipa e, mais importante que isso, fez subir a linha da defesa na saída de bola, para fossem mais os médio a pegar no jogo e não os centrais que, invariavelmente, falhavam passes.
A Ucrânia estava com vontade e mostrava qualidade para chegar ao empate. Só não conseguiam bater o muro Manuel Neuer, que no início da segunda parte voltou a negar o empate a Rakitskiy. Mas também Pyatov tem de se aplicar para evitar que a Alemanha arrumasse com o jogo. Primeiro a Draxler, depois a Götze e ainda a Thomas Müller, Pyatov tudo fez para dar uma oportunidade, nos minutos finais, aos atacantes da Ucrânia. Só que, quando se enfrenta uma seleção com a experiência da Alemanha, essa oportunidade pode nunca aparecer. E foi o que aconteceu... Os germânicos congelaram o jogo nos últimos minutos e ainda marcaram, por Bastian Schweinsteiger, no último lance do jogo, depois de uma bela jogada de contra-ataque.
Depois deste jogo, a ideia fica a mesma. A Alemanha é favorita, mas ainda está longe do nível que apresentou no Campeonato do Mundo, em 2014. Mas atenção, as armas estão lá e assustam.