O Sporting somou três pontos na receção ao Belenenses, esta segunda-feira, ao vencer por 1x0. William Carvalho marcou a grande penalidade decisiva, aos 92 minutos, depois de Tonel ter jogado a bola com o braço.
A primeira parte foi um deserto de ideias; e a culpa sem morrer solteira pesa, naturalmente, mais para o lado do Sporting. Pouca intensidade - para não dizer nenhuma -, total ausência de poder de «fogo» e falta de afirmação. O leão pareceu sempre enregelado, embora tenha passado com distinção no teste gélido de Moscovo a meio da semana.
Jorge Jesus voltou a trocar algumas peças. Slimani voltou ao onze e fez parceria com Montero, mas o colombiano não esteve à altura dos bons pormenores que tinha mostrado na Rússia. William Carvalho também voltou ao «seu» lugar mas só Bryan Ruiz - e por uma vez - foi capaz de sacudir o marasmo.
O costa-riquenho arrancou sozinho aos 38 minutos e depois de deixar meia equipa do Belenenses para trás viu Ventura tirar-lhe o golo com uma defesa soberba. Um lance com pinceladas geniais numa partida que não vai deixar saudades a nenhum dos 31 mil espetadores que foram a Alvalade.
Isto porque a segunda parte foi pouco melhor que a primeira. É verdade que o Sporting foi sempre mais ativo na procura do golo - como lhe competia, no fundo -, mas nunca foi capaz de encostar o Belenenses «às cordas». E a equipa de Sá Pinto, sabedora da sua condição em Alvalade, nunca se importou muito com a falta de risco.
Com o nulo a prolongar-se no tempo, Jorge Jesus procurou soluções no banco. Matheus Pereira e Gelson Martins foram os primeiros a serem lançados; a pressão leonina aumentou, mas mais como consequência natural de um jogo onde o Sporting tinha de fazer mais do que propriamente pelas mudanças do técnico. Tanaka seria a última «cartada» de Jesus.
E foi já quando toda a gente se preparava para o nulo que o Sporting marcou. Tonel jogou a bola com o braço numa disputa de bola com Slimani e William Carvalho não acusou o momento. O Sporting voltava a salvar os três pontos nos minutos finais, algo que se vem tornando hábito esta época.