A mão de Jesus há muito que escreveu as linhas do caminho deste Benfica. Podem mudar os protagonistas - e tanto que eles têm mudado ao longo do tempo - mas a ideia de jogo está lá. Os novos, quando entram, apenas têm de seguir o guião já escrito pelo técnico encarnado. Foi assim, esta noite, na Luz diante do Arouca, equipa que não teve argumentos perante um Benfica cumpriu o que se pedia. Venceu, viu os mais novos ganhar minutos e tem a passagem para a próxima fase encaminhada.
Maxi Pereira, sempre com enorme capacidade de reação à perda da bola, tentava dar energia a toda a equipa que ia controlando o jogo, anulando as tentativas do Arouca em chegar perto das redes de Artur Moraes (hoje dono das redes encarnadas), mas trocava a bola a um ritmo lento. Mas com o decorrer do jogo, os pupilos de Jesus ficaram mais confiantes, rotinados e iam aplicando em campo as ideias do seu técnico.
Jorge Jesus, no banco, pedia aos seus jogadores para recorrer ao jogo exterior, onde Gonçalo Guedes e Sulejmani tinham quase sempre o apoio de Maxi e Sílvio. Era preciso fazer a circulação mais rápida e foi isso que o Benfica demorou algum tempo a conseguir.
Mas o cenário mudou depois dos 30 minutos. Tomás Dabó rasteirou Rui Fonte na área, quando o jogador se preparava para atacar a bola cruzada por Maxi. O árbitro Bruno Esteves assinalou grande penalidade e deu ordem de expulsão ao jogador do Arouca. Chamado a bater na marca dos 11 metros, Pizzi abriu o ativo.O mais difícil estava feito para os rapazes da Luz que continuaram a mandar no jogo, a circular com mais critério a bola e chegaram, sem surpresa, ao segundo golo, aos 42 minutos, por Bryan Cristante. Rui Fonte rematou contra um defesa e a bola sobrou para o italiano que, de fora da área, disparou forte para o fundo das redes arouquenses.
O intervalo chegou depois com o Benfica numa posição mais do que confortável.
#SLBxFCA: David Simão, jogador formado nas escolas do #SLBenfica, faz hoje o seu 50.º jogo pelo Arouca. #playmaker
— playmaker stats (@playmakerstats) 14 janeiro 2015
Para o segundo tempo, Jesus tirou Gonçalo Guedes e Rui Fonte, fazendo entrar Salvio e Jonas. Já Pedro Emanuel, por seu lado, tirou Roberto e colocou Vuletich.
Os poucos adeptos que marcaram presença nas bancadas da Luz assistiam a um ritmo de jogo bem mais lento, nesta segunda metade. O Benfica trocava a bola com grande facilidade perante um Arouca que já não sabia muito que fazer à sua vida.
O que se viu até final foi um Benfica a ampliar a vantagem perante um Arouca sem forças para travar os encarnados. Aos 83', Salvio marcou. Jonas recebeu na zona da marca de grande penalidade e atirou para a baliza, mas a bola desviou no guardião, acabando por sobrar para Toto, que só teve que encostar. Um minuto depois foi a vez Jonas. Pizzi deu para Derley na esquerda, este cruzou para o miolo onde apareceu Jonas com grande à vontade a fazer o quarto golo do Benfica.