Águia voa na Madeira para a liderança (1x2)

O Benfica teve de sofrer para conquistar os três pontos frente ao Nacional, este domingo, em jogo da 10.ª jornada. A águia entrou a perder em campo, com um golo de Edgar Abreu, mas conseguiu a reviravolta com tentos de Salvio e Jonas. O campeão volta para a liderança.

Grande primeira parte

O Nacional entrou em campo com carisma e personalidade para defrontar os campeões nacionais e marcou cedo. Ainda não estava gasto o primeiro minuto de jogo e já a formação da Choupana estava na frente do marcador. Cruzamento em esforço junto à linha final, a bola atravessou toda a área onde apareceu Edgar Abreu (que se estreou a titular na equipa) a finalizar de primeira; a bola ainda bateu no poste direito de Júlio César antes de entrar.

A perder, o Benfica tentou responder desde logo e não demorou muito a empatar a partida. Aos 7 minutos, Salvio marcou para os encarnados. Jonas lançou Nico Gaitán, na esquerda, e o argentino cruzou para o camisola 18 que, na grande área, atirou contra Rui Silva, guarda-redes do Nacional que, num lance infeliz, acabou por colocar a bola no fundo das suas redes.

Jogo ligado à corrente, começo de partida em alta rotação e a todo o gás, na Choupana, perante cerca de 5 mil espectadores. Se o Nacional usava e abusava das jogadas pelo flanco defendido por André Almeida, o Benfica tentava subir as linhas para travar a onda ofensiva do conjunto de Manuel Machado que via Anderson Talisca dar muito espaço no meio e deixava, por isso, Enzo Pérez muito sozinho para pressionar e dar equilíbrio ao miolo.

Jonas e Salvio marcaram pelo Benfica na Madeira ©Carlos Alberto Costa

Mesmo depois de uma resposta convicta, sustentada em dois golos, o Benfica via o Nacional criar perigo e colocar constantemente em causa o resultado com ataques rápidos. Mas, por outro lado, havia mais espaço, sobretudo nos corredores laterais, para os homens do ataque das águias explorarem. Lima e Jonas - em frequentes trocas com os extremos Gaitán e Salvio - iam aproveitando para baralhar a cabeça de João Aurélio e Marçal, defesas laterais dos insulares, que tinham muitas dificuldades para perceber a dinâmica aplicada pelos encarnados.

Nacional lutou até ao fim ©Pedro Benavente

No segundo tempo, o Nacional partiu em busca do golo do empate mas o Benfica, sereno em campo, ia controlando os vários momentos do jogo e juntava bem as linhas para formar um bloco mais forte em defesa da vantagem que estava, no entanto, constantemente ameaçada pelo Nacional. O resultado estava em aberto e os treinadores começavam a habitual 'luta' de substituições. Se Jesus tirou Lima e colocou Samaris ao lado de Enzo no reforço do meio-campo, Manuel Machado foi refrescando os seus homens da frente.

A equipa da Madeira não desistia e o Benfica ia fazendo a gestão física - pois teve jogo para a Liga dos Campeões durante a semana - e do resultado, precisosos que eram os três pontos para a luta pelo título.

Quando Bruno Paixão apitou para o final do jogo, os benfiquistas fizeram a festa da vitória, depois de um jogo frente a um Nacional que lutou até final para somar pontos.