O Benfica venceu, esta quarta-feira, em Paços de Ferreira por 2x0, na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal. Lima e Ola John apontaram os golos das águias, na segunda parte, que deixam o Jamor um bom bocado mais perto da Luz.
Com Garay recuperado, Jorge Jesus restaurou a dupla de primeira linha na Luz, com Luisão ao lado do argentino no eixo defensivo. André Almeida ocupou a vaga de Maxi Pereira na lateral direita, André Gomes jogou ao lado de Matic no papel de Enzo Pérez e Pablo Aimar assinalou o regresso à titularidade perante a ausência de Óscar Cardozo. Do lado pacense, Paulo Fonseca apostou em Vítor e André Leão, dois dos jogadores mais cobiçados no mercado.
Taticamente irrepreensíveis, Paços de Ferreira e Benfica desenvolveram um jogo mais lento e pensado; os «castores» à sua imagem, procurando Cícero na frente e com Vítor e Luiz Carlos a criarem o futebol, as águias claramente com a sensibilidade de uma eliminatória a duas mãos, sabendo que há mais vida na Luz daqui a… dois meses e meio – alguém entende este espaço temporal entre os jogos?
Cícero espalhou-se ao comprido
O Benfica insistia no piloto automático e em modo poupança, claramente a usar o fator «casa» da segunda mão, sem acelerar o jogo como tanto gosta e longe da verticalidade do seu futebol-tipo. Por isso, Jorge Jesus viu a equipa chegar à Mata Real com 25 minutos depois da hora marcada, altura em que finalmente se começou a ver Benfica junto à baliza de Cássio.
E de repente, até ao descanso, foram cinco as ocasiões para as águias; a mais flagrante teve Gaitán, que servido na perfeição por André Gomes não confiou no pé direito e desviou-se demasiado da rota de Cássio; Aimar, numa combinação deliciosa com Lima – que deu de calcanhar – também «cheirou» o golo de perto, aos 33 minutos. Sobram a tentativa de Lima, aos 30’ e as 36’, bem como um remate de Aimar ao lado.
Salvio e Lima abrem porta do Jamor
O jogo foi de amarras táticas, sempre mais confortável para o Benfica do que para os «castores». Mas depois de 25 minutos de sonolência, o Benfica provou na Mata Real que o Jamor é um objetivo de vida. Da troca de campos surgiu a mesma águia que tinha saído para o descanso e o golo acabou por surgir aos 58 minutos. Salvio arrancou na direita e cruzou sem mácula para um Lima à espera do pro-forma. O Benfica passava a liderar a eliminatória fora de portas e, com isso, abria o portão do Jamor.
As coisas pioraram para o Paços de Ferreira aos 70 minutos. Vítor teve uma entrada dura sobre Nico Gaitán e Cosme Machado puxou do cartão vermelho; «castores» mutilados para os 20 minutos finais e o Benfica aproveitou para deixar a eliminatória praticamente fechada. Cinco minutos depois, Rodrigo e Ola John, que tinham entrado, elevaram para 0x2; Cássio ainda defendeu o remate do internacional espanhol para o lado, onde estava Ola John para finalizar.
Tudo isto só não é definitivo porque ainda sobra o jogo do Estádio da Luz, no dia 17 de abril, em teoria para assinar a presença encarnada no Jamor, oito anos depois da derrota por 2x1 aos pés do Vitória de Setúbal.
0-2 | ||
Lima 58' Ola John 75' |