Empataram!!! Os rivais ficaram olhos nos olhos, deram show mas acabaram por empatar a duas bolas. Tudo na mesma na frente do campeonato. Águias com 36 pontos, FC Porto com 33 mas menos um jogo.
20 minutos loucos na Luz, quatro golos
Um Benfica x FC Porto não é apenas mais um jogo. Além dos três pontos há outras coisas em jogo, leia-se a honra e rivalidade. A noite lisboeta, essa, era fria mas a crença não arrefecia o ânimo dos adeptos. O Estádio da Luz estava quente e o espetáculo em "ponto de rebuçado".
Pelos adeptos - e também para eles - a Luz engalanou-se: haviam cânticos de apoio e picardia ao rival, cartolinas, cachecóis e a coreografia dos adeptos da casa: «Força Benfica», lia-se nas bancadas da Luz.
O clássico já faz parte do ADN de Portugal. Toda a gente sabe, todos gostam, ninguém consegue ficar indiferente.
Certo é que quando se ama um clube, naquele exato momento em que se ama, tem de se acreditar que é para sempre. Perante essa sensação que pode ser de segundos ou de minutos, de dias ou de horas, mesmo de anos ou meses... eles acreditam que é mesmo para sempre e que esta noite seria mais uma para vencer o rival.
Quanto aos treinadores, que tinham várias baixas nos seus conjuntos, maquilharam as suas equipas com pedras importantes. Jorge Jesus, a jogar em casa, colocou Nico Gaitán - que vinha ganhando espaço a Ola John nos encarnados - e projetou a sua equipa com dois avançados: Lima e Cardozo. Luisão, lesionado, acabou por ficar de fora das opções para o duelo.
Já Vítor Pereira, privado que está de James Rodríguez, lançou o belga Defour na direita e deixou o reforço Izmaylov no banco de suplentes.
Os dados estavam lançados e quando João Ferreira apitou para o começo do jogo, os dragões, a exemplo do seu rival, não somavam qualquer derrota e tinham apenas dois empates.
Goste-se ou odeie-se, o futebol foi esta noite mais uma boa desculpa para não pensar em mais nada.
No relvado ambas equipas entraram com algum receio mas tiveram um começo de encontro verdadeiramente louco.
O FC Porto saiu na frente, aos oito minutos, numa bola parada. Livre de João Moutinho, Jackson «penteia» a bola para o coração da pequena área e Mangala, de cabeça, bateu Artur.
Numa partida de parada e resposta, Artur errou e Jackson Martínez aproveitou para fazer o 1x2. O guarda-redes do Benfica recebeu o atraso mas perdeu a bola para Jackson, que com a baliza aberta fez o segundo golo portista. Loucura na Luz!
Os artistas estavam a corresponder em campo e a partida tinha tudo: golos, emoção, incerteza, alguns erros e toques de classe. Assim, o Benfica empatou o resultado por Gaitán; Maxi e Salvio construiram bem, Helton deixou a bola para Gaitán, que disparou para o 2x2.
Depois dos primeiros 20 minutos de alta tensão, Benfica e FC Porto meteram um travão e jogaram um futebol mais pensado. O meio-campo começou a ser o espaço mais povoado e onde se ia articulando o clássico. Matic e Enzo de um lado, Lucho, Moutinho e Defour do outro... tentavam colocar calma e inteligência no xadrez das respetivas equipas.
Ao intervalo, Benfica e FC Porto empatavam a duas bolas e o segundo tempo prometia.
Cardozo isola-se... cheira a golo mas Helton rouba a festa
No regresso dos balneários, os portistas entraram melhor, com mais bola e a jogar mais perto de Artur. O Benfica, por seu lado, ia tendo mais dificuldades em construir.
Do outro lado, Vítor Pereira exigia entrega total aos seus pupilos e tentava corrigir algumas posições. E todos, todos mesmo, tentavam cumprir no retângulo de jogo o que o treinador pedia.
Mas o controlo do meio campo e os cruzamentos assumiam-se como as jogadas de perigo (em ambas as balizas). Só faltavam entrar os golos... como na primeira metade.
Mas eles não apareciam e a partida encaminhava-se para os derradeiros minutos quando Cardozo perdeu uma soberana ocasião. O paraguaio isolou-se e só uma defesa soberba de Helton evitou o golo. A bola ainda bateu no poste e saiu.
A emoção voltava a crescer e o Estádio da Luz outra vez ao rubro. Ninguém queria errar mas as pernas já começavam a perder gás... mas Tacuara falhara na altura onde não podia. Helton, que foi motivo de conversa de Luís Filipe Vieira, mostrou alí que a baliza do FC Porto estava bem guardada.
Já com Aimar em campo, o Benfica cheirou outra vez o golo, aos 84'. El Mago cabeceou ao lado, mas o argentino estava em posição irregular.
No banco, os treinadores alteravam o que podiam: Jesus tirou Gaitán para manter o jogo vivo, Vítor Pereira tentou colocar "gelo" e agarrar o resultado com as entradas de Abdoulaye e Castro. O médio rendeu Lucho (muito desgastado).
E assim chegamos aos 90 minutos. João Ferreira, o árbitro, deu mais quatro minutos de compensação. Mas nenhuma das equipas marcou... e continuam na luta pela conquista do título.
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TV | ||||||
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J14 | 14/01 | 0-1 | 11' Licá | |||
J14 | 13/01 | 0-2 | 3' Zakaria Labyad, 55' Adrien Silva | |||
J14 | 13/01 | 5-0 | 25' 30' 46' Meyong , 53' Pedro Santos, 84' Bruninho | |||
J14 | 13/01 | 1-0 | 51' Paolo Hurtado | |||
J14 | 13/01 | 0-1 | 34' Marcelo | |||
J14 | 13/01 | 2-2 | 10' Nemanja Matić, 17' Nico Gaitán; 15' Jackson Martínez, 8' Eliaquim Mangala | |||
J14 | 12/01 | 3-2 | 58' Edson Mexer, 60' Diego Barcellos; 36' Hélder Barbosa, 77' (p.b.) Ismaily, 83' Éder | |||
J14 | 12/01 | 1-1 | 90+5' Amido Baldé; 2' Danilo Dias |
2-2 | ||
Nemanja Matić 10' Nico Gaitán 17' | Eliaquim Mangala 8' Jackson Martínez 15' |