VerdeRubro 26-04-2024, 17:53
James Rodríguez resolveu aos 83 minutos aquilo que o FC Porto devia ter arrumado muito mais cedo. Os dragões bateram o Paris SG por 1x0, na 2ª jornada da Liga dos Campeões, e assumem com isso a liderança do Grupo A.
Entrada forte do FC Porto com Ibra a assustar
Se Carlo Ancelotti viajou da Cidade Luz com a curiosidade de ver o FC Porto, ao intervalo do desafio no Dragão já levava que contar aos seus jogadores. A entrada em jogo dos portugueses foi avassaladora e ao longo dos primeiros 45 minutos repetiram-se os lances de perigo junto à baliza de Sirigu. Ainda assim, o aniversariante Ibrahimovic nunca deixou que os portistas se entusiasmassem e foram dele as melhores ações do PSG.
Mas primeiro o FC Porto. Em país de austeridade, os milhões de Paris não passaram com facilidade; aquela postura portista foi o cabo dos trabalhos para um PSG desconfiado, que deixou Pastore e Lavezzi no banco e apostou em três médios com tração atrás. Mas nem assim, porque de uma assentada contam-se seis ocasiões flagrantes do FC Porto só na primeira metade do jogo.
Verratti apresentava-se ao Porto como o «motor» do jogo parisiense e durante alguns minutos a equipa de Ancelotti respirou melhor, até sofrer novo susto aos 17 minutos, quando João Moutinho tirou tinta ao poste direito. Mas com Ibra, nunca se sabe e pouco depois o Dragão ficou em suspenso. De repente, o avançado sueco apareceu isolado mas quis desembrulhar um presente especial; era um golo de anatologia, aquele de calcanhar, mas Helton sacudiu para canto.
Sempre com Ibra no retrovisor, o FC Porto procurou a felicidade na frente, mas Jackson, também ele de parabéns, errou o alvo depois de aparecer na pequena área a cabecear. Antes dele, James tinha visto Sirigu negar-lhe o golo que, diga-se, assentava que nem uma luva à superioridade portista na primeira parte. Parte que acabou envolta em polémica: Ibrahimovic – quem mais – isolou-se mas Howard Webb travou-o para assinalar falta a favor do... PSG. Falhou na lei da vantagem o juiz inglês e o FC Porto livrou-se de um golo quase feito.
FC Porto seguiu mandão mas perdulário
Assim como na primeira, foi a segunda. O PSG andou às voltas com nova entrada vertiginosa do FC Porto, parente «pobre» no estatuto financeiro mas que nem por isso deixou de esbanjar «à rico» o que podia – e devia – ter sido um resultado bem diferente. Da lentidão de Jackson (52’) ao remate à meia volta de James (59’), até à defesa de Sirigu aos pés de Varela (60’), a superioridade portista jamais se traduziu no mais importante e mais rentável às aspirações azuis e brancas: golos. Sim, no plural, porque o dragão teve crédito para isso e muito mais, mas gastou «à toa» perante um milionário que nunca se importou de sair do Dragão com as sobras pontuais.
Mas há mais. Atsu, por exemplo, acabado de entrar não perdeu tempo em alistar-se no role dos perdulários, nomeadamente aos 79 minutos, permitindo nova defesa a Sirigu; tudo iso num encontro que só teve dois sentidos ao longo de 90 minutos: o do topo norte na primeira parte e o do sul na segunda. É certo que pontualmente o PSG subia, mas apenas para visitas inofensivas à baliza de Helton.
Por fim, o alívio no pé de James
Foram 83 minutos de espera nervosa nas bancadas do Dragão. A superioridade portista parecia não encontrar correspondência no mais importante, até que James Rodríguez desatou o nó que o próprio FC Porto tinha criado nos minutos anteriores. O colombiano finalzou com um belo remate de pé esquerdo ao poste mais distante uma bola que sobrevoou a área do PSG e lhe caiu no pé que mais gosta. Mérito também para João Moutinho, construtor do lance no flanco esquerdo que acabou por valer o triunfo azul e branco.
1-0 | ||
James Rodríguez 83' |