O Benfica tinha-se aproximado perigosamente e a entrada em campo até foi melindrosa. Mas o FC Porto acabou por bater o Beira-Mar (3x0) e voltou a colocar as devidas distâncias no topo da Liga, a três jornadas do último apito em 2011/2012.
Festa com «convidado» incómodo
A noite foi de festa, de uma família devota ao seu querido líder, com uma fração a dedicar-lhe a curva sagrada. Pinto da Costa foi festejado, pelos 30 anos de presidência, mas certamente não terá gostado do atrevimento demonstrado pelo convidado de ocasião, o Beira-Mar, que antes do golo de Hulk, aos 33 minutos, ameaçou soprar as velas portistas antes do tempo.
Embora o primeiro sinal de perigo tenha saído do pé de Janko - prometeu, mas custa-lhe acertar o passo -, a verdade é que os aveirenses chegaram-se perto do fogo. Camará, aos 14 minutos, por exemplo, obrigou Helton a estirada importante, mas já Nildo, aos 21 minutos, devia ter feito bem mais, tão sozinho que estava para cabecear.
Pelo meio, só Hulk tinha voltado a ameaçar Rui Rego, aos 18 minutos, com defesa do guardião aveirense, até que o perigo voltou a rondar a baliza portista. Camará fugiu tão bem a Otamendi - que teve a sua dose de falha - e esteve tão mal na hora de decidir. Atirou para as mãos de Helton quando estava um companheiro pronto a encostar.
Seguiu-se o ato solene, com um dos topos a ser rebatizado em pleno jogo para «curva Pinto da Costa» e para assinalar o momento só podia chegar o golo, de grande penalidade. Dias puxou Sapunaru tempo a mais e a queda levou Hulk à marca do castigo. O poste ainda manteve em suspenso a festa que se soltou logo a seguir.
Hulk arrumou a questão
Antes do bolo ao intervalo, Janko pode muito bem ter ficado sem a fatia que lhe pertence, porque aquela bola tem de acabar lá dentro. A centímetros da linha de golo, o austríaco cabeceou por cima. Iria redimir-se, cinco minutos depois do descanso. Hulk fez tudo, em força e qualidade, e deu a Janko mais de meio golo, que só teve de encostar.
Por esta altura, acabava-se aquele Beira-Mar interessante e ameaçador da primeira parte e soltavam-se os presentes para o chefe da casa. A «bomba» de James ainda encontrou fim em Rui Rego mas aos 54 minutos já nem esse valeu aos visitantes, quando Hulk atirou para o 3x0. Era muito cedo para um fim de história, mas aconteceu e pouco mais há a contar.
Talvez os minutos de jogo para os ex-lesionados Danilo e Varela, no FC Porto, e Edson Sitta, no Beira-Mar. A partida, essa, jogava-se à moda do FC Porto, controlada e com os dragões a nem quererem abusar nos números da vitória, que os deixou a cinco pontos do «bicampeonato», a três jogos do final.
3-0 | ||
Hulk 33' (g.p.) 54' Marc Janko 51' |