'Hala Madrid', gritou Cristiano para o mundo! (1x2)

O Real Madrid venceu, este sábado, em Camp Nou, o FC Barcelona por 1x2, na 35ª jornada da Liga espanhola. El Clássico teve toque luso na hora da decisão, porque foi de Ronaldo o golo da vitória. Título à vista na Cibeles.

Sem fantasmas nem complexos de um passado recente. O Real Madrid enfrentou Camp Nou sem medo e deu-se bem, muito bem, saindo da Catalunha com mão e meia na taça de campeão espanhol. São sete pontos de vantagem em 12 por disputar. Em teoria, nada mais poderá derrubar José Mourinho, Cristiano Ronaldo e os merengues.

Entrada afirmativa e o golo de Khedira

A entrada foi forte. Aos quatro minutos, Cristiano Ronaldo saltou com Puyol, o cabeceamento foi lento mas obrigou Valdés a sacudir para canto. O Real Madrid estava ali para afirmar os créditos de líder e a verdade é que o FC Barcelona só a espaços conseguiu um domínio que o aproximava do golo. Aos seis minutos, Casillas, por exemplo, saiu bem aos pés de Dani Alves.

Depois, Benzema atirou para nova defesa de Valdés, aos 11 minutos, mas a vantagem blanca estava reservada para os 17'. Di Maria bateu o canto, Pepe ganhou, de cabeça, ao segundo poste, e Sami Khedira castigou a lentidão de Puyol para dar vantagem ao Real Madrid. Por esta altura, justa e merecida para uma formação madrilena destemida num terreno hostil.

Até ao intervalo, o destaque vai para um passe mágico de Messi a isolar Xavi. O internacional espanhol deparou-se com a baliza, ali, mas a saída de Casillas reduziu os metros a centímetros. O remate do médio até nem foi mau mas falhou na medida, passando a escassos centímetros do poste. Intervalo com vantagem para o Real Madrid.

Clássico do mundo resolvido à portuguesa

El Clássico não perdeu em emoção e dramatismo na segunda parte. Ganhou. O jovem Tello, lançado como fator surpresa por Guardiola na equipa inicial, nunca disfarçou o nervosismo de tamanha montra e responsabilidade e aquele remate, desastroso, para ser simpático, aos 54 minutos, é apenas uma prova disso.

Mas o empate catalão estava previsto, aos 70 minutos. Talvez não daquela forma, numa equipa que encanta pelo futebol perfeito, mas golo é golo, aqui, em Espanha ou na China. Alexis tinha acabado de entrar, viu Messi pegar na bola, destabilizar a defensiva merengue e depois foi tudo à «carambola», até ao toque final do chileno.

Camp Nou rebentava, perto dos 100 mil, mas Cristiano Ronaldo tinha preparada uma ação daquelas. Deixou-os festejar durante três minutos, devolveu-lhes maliciosamente a esperança naqueles instantes, até que os voltou a sentar, aos 73'. Mesut Özil na assistência para um português de qualidade apurada, distinta, que esperou por Valdés antes de o bater. 1x2, e o Real Madrid pode muito bem ter ganho ali o título, no pé direito de Ronaldo.