Madeira traiu a ilha em Alvalade (2x2)

O Sporting dificultou o caminho até ao Jamor, esta quarta-feira à noite, ao empatar no Estádio de Alvalade com o Nacional 2x2, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Decisão fica para a Choupana.

Nacional choca Alvalade

Os primeiros sintomas de uma noite desastrosa para o leão surgiram à passagem do sétimo minuto. Van Wolfswinkel lesionou-se sozinho, aguentou mais três minutos em campo até que desistiu. O melhor marcador do Sporting era forçado a abandonar o «barco» da Taça e a ceder o seu lugar no ataque a Valeri Bojinov, um substituto que provou estar a «milhas» do holandês.

Daqui para a frente, foi sempre a piorar. Primeiro no desacerto de João Pereira, que atirou por cima, depois no de Matías Fernández, esquecido pelos insulares após livre de Schaars. Aos 25', Bojinov mostrava porque não conta se Ricky falhar, cabeceando de forma desastrosa. Até aqui, nada se via do Nacional mas aos 30' Rondón apareceu na cara de Patrício, mas atirou ao lado.

Era o primeiro - e único - aviso do Nacional antes dos dois golpes «mortais» na respiração leonina. Minuto 35, canto para os madeirenses e Mario Rondón, ao primeiro poste, a desviar de cabeça para o 0x1. Alvalade gelava até ao ponto 0 mas a temperatura haveria de atingir valores bem negativos ainda antes do descanso.

No primeiro minuto de compensação, Polga comprometeu junto a uma das linhas laterais no duelo com Candeias. O extremo português fez valer a juventude perante a veterania e fugiu em velocidade em direção a Patrício que, sem culpas no desmoronamento verde e branco, ainda sofreu um golo por entre as pernas. O intervalo chegava em Alvalade e com ele os assobios.

Madeira traiu a ilha

Em desvantagem numa eliminatória que ainda reserva uma deslocação à Madeira, o Sporting pareceu entrar disposto a mudar a história do encontro no segundo tempo. Mas depois de algumas jogadas de perigo relativo a equipa de Domingos voltava a sentir dificuldades em encontrar os caminhos para a baliza do Nacional.

No entanto, aos 66 minutos, Márcio Madeira viu o segundo cartão amarelo e deixava a formação de Pedro Caixinha a sofrer com dez, porque o Sporting passou a atacar com a artilharia toda e a consequência lógica foi o golo de Elias, aos 75 minutos, num remate de primeira já dentro da pequena área. O Sporting reduzia mas precisava de mais.

O assédio sportinguista à baliza de Vladan nos últimos 15 minutos foi total, mas o guardião visitante foi evitando com defesas sensacionais o empate leonino... até aos 96 minutos! Stijn Schaars, no último fòlego, evitou o maior dos desastres para o Sporting, num golo de livre e que deixou toda a equipa do Nacional a reclamar fora-de-jofo de Elias. Logo depois, acabou a partida e Domingos bem pode respirar de alívio...