FC Porto conquista os três pontos no Castelo

O campeão nacional entrou a ganhar no campeonato e começou da melhor forma a defesa do escudo que ostenta na camisola. Os dragões triunfaram por 0-1 em Guimarães, com Hulk a bater Nilson de grande penalidade.

Vítor Pereira e Manuel Machado acharam por bem não mexer muito nas equipas que há uma semana se tinham defrontado para a Supertaça e só o técnico azul e branco operou algumas mudanças no onze, com as saídas de Maicon e Ruben Micael para as entradas de Otamendi e Guarín.

Essas trocas davam maior força e experiência aos portuenses mas só no final dos primeiros dez minutos de jogo se viu um dragão realmente superior sobre o relvado do D. Afonso Henriques.

Antes disso, por volta dos cinco minutos, num lance isolado, Varela teve nos pés a primeira oportunidade de golo mas atirou a rasar o poste, para o lado de fora, e, no contra-golpe, os vitorianos tiveram um Targino pouco inspirado a rematar por cima da baliza de Helton.

O verdadeiro perigo apareceu perto dos vinte minutos, novamente com Varela no lance: o extremo cruzou para a área onde estavam Kleber e Sapunaru, mas valeu a atenção de Nilson a afastar possíveis problemas para os vimaranenses.

Entre os 30 e os 40 minutos de jogo, aí sim, houve grande futebol, ritmo elevado, ocasiões para uma e outra equipa. Nesta fase, sobressaíram Hulk, Kleber, Toscano e Barrientos: o incrível começou por servir Kleber, em diagonal, mas o novo 11 permitiu uma boa defesa a Nilson; depois, Toscano viu Helton negar-lhe o golo quando tentava finalizar uma grande jogada do colega uruguaio; de seguida Hulk assistiu Rolando para um cabeceamento por alto; na resposta, Barrientos perdeu incrivelmente o 0-1 ao passar (literalmente) a bola ao guardião portista; aos 38 minutos Hulk e Ndiaye envolveram-se na área e os campeões reclamaram penálti, que Benquerença não considerou; e por fim, novo lance de Hulk fez Kleber tornear Nilson e rematar para as mãos do guarda-redes vitoriano.

Aos 44 minutos, depois de uns segundos de acalmia, nasceu mesmo o golo azul e branco, graças a uma grande penalidade cometida sobre Sapunaru. Chamado à conversão, Hulk atirou forte e colocado, Nilson opôs-se mas, ainda que por pouco, não impediu a bola de entrar.

Com 0-1 ao intervalo, a segunda parte prometia. Mas, salvo raras excepções, não cumpriu.

Após o reatamento, Hulk entrou com a corda toda, furou por completo a defesa vimaranense e atirou para uma excelente parada de Nilson, que já se afirmava como um dos melhores em campo.

Aos 56 e 66 minutos deu Kleber, mas mal: o avançado teve duas boas oportunidades para oferecer o 0-2 ao FC Porto, mas, cara a cara com o número 1 vitoriano, não conseguiu levar o esférico à baliza no primeiro lance e no segundo disparou muito por cima. Depois disso, saiu para dar lugar a Falcao, que também haveria de não ser feliz ao cabecear ao lado na única chance de que dispôs.

Mas a noite havia mesmo de ser de Hulk, sempre mais perigoso e decidido que todos os outros. Aos 87 minutos, foi por pouco que o 12 portista não bisou, com a tentativa de remate em arco a abrir demasiado e passar ao lado das redes.

A única ameaça vitoriana neste segundo tempo dividiu-se entre os pés de Paulo Sérgio e Toscano, aos 89 minutos, quando um lance confuso na área de Helton terminou com a bola na bancada. E assim se fez a primeira vitória portista na liga de 2011/2012.