FC Porto dominou mas perdeu com o Lyon no último teste

FC Porto e Olympique Lyon encontraram-se este domingo em território neutro, mais propriamente em Genève, e  acabaram por ser os franceses a sorrir no final dos noventa minutos. Lisandro foi o primeiro a marcar, desfeiteando a antiga equipa, mas Ruben Micael empatou. Os dragões dominaram, fizeram tudo para vencer, mas acabaram vergados a mais um erro defensivo e ao 1-2 de Michel Bastos.

O FC Porto foi bastante superior ao Lyon ao longo de todo o jogo mas sentiu algumas dificuldades para bater Vercoutre. O guarda-redes francês foi repetidamente posto à prova e conseguiu travar bastantes investidas azuis e brancas, contribuindo decisivamente para o resultado.

Os dragões entraram melhor e a carregar no acelerador, com Hulk, logo aos seis minutos, a dizer ao que ia: o brasileiro disparou forte à entrada da área, desde a zona central, e obrigou Vercoutre à primeira grande defesa da noite. O Incrível ia finalizando da melhor forma uma excelente jogada colectiva, de futebol rápido e ao primeiro toque, que representava exactamente o que o técnico Vitor Pereira pedia à equipa.

O problema dos azuis e brancos é que o guardião adversário levou aí a melhor e, na primeira investida gaulesa na área de Helton, houve golo. E não é difícil adivinhar o nome do goleador, porque é bem conhecido dos portistas: pois, esse mesmo, Lisandro López. O argentino activou o placar aos oito minutos, na primeira vez que tentou o remate. Bateu um ex-companheiro e pôs a antiga equipa em desvantagem, mas não festejou o tento.

Logo na resposta Ruben Micael esteve perto do empate, mas o remate rasteiro (e fortíssimo) saiu a rasar o poste. Melhor sorte teve a tentativa seguinte, aos onze minutos, com o madeirense a dar final feliz à grande jogada de Moutinho e Kléber pela direita do ataque.

Por esta altura, já o jogo era dos dragões. O FC Porto comandava, guardava a bola em plena progressão, pressionava alto se a perdia e tentava, sempre que possível, visar as redes gaulesas.

Aos 25 minutos João Moutinho quase celebrou, na sequência de um livre directo, mas Vercoutre, atento, estirou-se e chegou a tempo de impedir o 2-1. Logo a seguir foi Kléber quem, em voo, ia desfeiteando o guardião, mas a marcação de Lovren complicou a sorte do brasileiro.

Com meia-hora jogo, havia um FC Porto consistente e um Lyon a sorrir graças à pontaria de Lisandro. Os portugueses praticamente encostavam os franceses às cordas, mas nem por isso conseguiam tomar a dianteira do marcador.

Licha, uma e outra vez, mostrava-se o mais esclarecido dos jogadores do Lyon: serviu Briand com um passe magistral que só a concentração de Helton desvalorizou. Pouco depois, Kallstrom seguiu o exemplo do argentino e colocou o esférico onde quis, ou seja, na cabeça de Gomis, que cabeceou como mandam as regras mas atirou para o lado de fora do poste.

Esses foram os únicos sustos que o Lyon pregou a Vítor Pereira. De resto, até ao intervalo, Hulk, Varela, Kléber e até Sapunaru e Fucile fizeram a vida negra à equipa de Gerland. O 12 colocou Vercoutre à prova insistentemente, com sucessivas bombas que o guardião ia desactivando como podia, o extremo e o ponta-de-lança não pararam um segundo entre a defensiva francesa, o romeno tentou e falhou a bicicleta na cara do número 30 adversário e o uruguaio atirou directamente ao poste após uma brilhante recuperação ainda no meio-campo do oponente.

O segundo tempo trouxe mais do mesmo: dragões com chama intensa e um Lyon sem grande capacidade para equilibrar as forças. Lançado para ganhar confiança, Djalma aproveitou para dar nas vistas: aos 67 minutos correu vertiginosamente desde o meio-campo, flectiu e disparou cruzado, ao lado. No seguimento, Varela recebeu de Hulk já na área, rodou e rematou para o golo, mas Vercoutre impôs-se novamente.

Tudo indicava que mais cedo ou mais tarde haveria outro golo dos campeões nacionais nesta partida de Genève, mas nem sempre o futebol é linear e faz justiça. Aos 81 minutos Michel Bastos acerca-se da baliza de Helton e, aproveitando uma falha de Fernando, após cruzamento de Cissokho, encosta para as redes, dando o triunfo a quem menos mereceu. Ou fez por isso.