O FC Porto goleou o Benfica por 5-0 e a facilidade com que o fez foi o que mais impressionou.
Tal como os números do resultado evidenciam, os azuis-e-brancos foram superiores e o nível de jogo apresentado nivelou-se pelo elevado, em contraste com aquilo que os campeões nacionais mostraram.
Os líderes do campeonato fizeram um jogo tacticamente perfeito e essa foi a base da vitória. Com bola, o FC Porto tinha os processos de jogo bem definidos e sem bola igualmente. Os jogadores do Benfica raramente conseguiram construir jogadas de ataque porque a pressão dos atletas da casa era imediata desde a altura em que perdiam o esférico.
André Villas-Boas apresentou a equipa já esperada, apenas com Guarin a jogar no lugar do lesionado Fernando. Pelo contrário, Jorge Jesus decidiu inovar e relegar Saviola para o banco de suplentes, dar a titularidade a Sidnei, um jogador que raramente joga, passar David Luiz para a esquerda e fazer Fábio Coentrão subir no terreno.
O tiro saiu pela culatra a Jesus. O FC Porto atacou quase sempre pelo lado direito do ataque, David Luiz foi incapaz de parar Hulk, como se viu no primeiro golo, Sidnei, no meio, mostrou descoordenação com Luisão e Coentrão foi sempre um jogador previsível, perdendo os duelos com Sapunaru.
Aos 30 minutos, o FC Porto já vencia, e de forma justa, por 3-0, com um golo de Silvestre Varela e dois de Falcao, com o primeiro do colombiano a ser uma autêntica obra de arte.
A ser goleado e a ver o Benfica com incapacidade para reagir, Jorge Jesus, ao intervalo, decidiu voltar à estaca zero, talvez, em busca de um milagre. Isto é, tirou Sidnei para colocar Gaitan em campo e devolveu David Luiz para o centro da defesa.
O Benfica entrou melhor no segundo tempo e, aos 60 minutos, David Luiz obrigou Helton a uma boa defesa. Mas seis minutos depois, e após vários «olés» vindos da bancada, Luisão foi expulso por tentar agredir Guarin.
Órfãos de capitão, os encarnados acabaram por sofrer mais dois golos, numa noite de autêntico pesadelo para os encarnados. Primeiro, Fábio Coentrão perdeu em velocidade com Hulk e derrubou o brasileiro dentro da grande área. Na conversão do castigo máximo, Hulk estreou-se a marcar ao Benfica e fez o 4-0. À entrada no minuto 90, o Incrível bisou, com um remate forte, que não deu hipótese de defesa a Roberto.
À primeira vista, o título da notícia pode ser exagerado, mas à décima jornada são dez os pontos que separam FC Porto e Benfica, quando, antes da ronda, havia a possibilidade de serem quatro. Por isso, e pelo que se viu no Dragão, o caminho para o título está aberto, até porque o Benfica, a depender de si, apenas pode ganhar três pontos ao FC Porto até ao final do campeonato.
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J10 | 08/11 | 2-3 | 13' Hélder Postiga, 29' Simon Vukcevic; 77' 78' Tiago Targino, 88' Bruno Teles | |||
J10 | 07/11 | 5-0 | 12' Silvestre Varela, 25' 29' Radamel Falcao, 81' (g.p.)90+2' Hulk | |||
J10 | 07/11 | 2-3 | 75' (g.p.) Meyong , 87' Lima; 23' Leandro Tatu, 52' 68' Ronny | |||
J10 | 07/11 | 1-1 | 52' Kléber; 50' Carlão | |||
J10 | 07/11 | 1-1 | 4' Bolívia; 51' Cadu | |||
J10 | 06/11 | 2-2 | 64' Renatinho, 65' Nilson Barros; 18' Miguel Fidalgo, 45' Hugo Morais | |||
J10 | 06/11 | 0-1 | 87' Mateus | |||
J10 | 05/11 | 3-3 | 3' Jaílson, 55' Valdomiro, 63' Neca; 14' Yazalde, 31' 90+2' João Tomás |
5-0 | ||
Silvestre Varela 12' Radamel Falcao 25' 29' Hulk 81' (g.p.) 90' |