Suplentes com pouca produção
Jorge Jesus não conta com um banco que dê golos decisivos
Os números dizem-no. Claro que o tema pode ser subjetivo, mas a conclusão aqui é tirada somente pelos números absolutos. Golos que garantam pontos, mais propriamente. As águias não têm um único ponto somado por influência de um golo de um suplente. O Sporting é quem tem mais: cinco pontos vieram, de forma direta (sem contar com assistências nem participações), do acerto dos suplentes utilizados.
| Equipa |
Golos de suplentes |
Pontos de golos de suplentes |
Substituições abdicadas* |
| Sporting |
8 |
7 |
1 |
| P. Ferreira |
5 |
5 |
1 |
| Marítimo |
2 |
4 |
0 |
| V. Guimarães |
2 |
3 |
2 |
| SC Braga |
6 |
3 |
0 |
| FC Porto |
5 |
3 |
0 |
| Moreirense |
4 |
2 |
2 |
| Rio Ave |
2 |
2 |
1 |
| Boavista |
3 |
2 |
0 |
| V. Setúbal |
3 |
2 |
0 |
| Gil Vicente |
2 |
1 |
1 |
| Arouca |
1 |
1 |
4 |
| Belenenses |
2 |
1 |
2 |
| Académica |
1 |
1 |
1 |
| Nacional |
4 |
1 |
2 |
| Estoril |
1 |
0 |
0 |
| Benfica |
4 |
0 |
4 |
| Penafiel |
1 |
0 |
5 |
Se o banco de suplentes costuma servir para dar nova alma à equipa e virtuosismo para chegar à vitória, tal não é similar em todas as equipas. Evitando conclusões qualitativas sobre os intervenientes, o que se pode dizer é que há aproveitamentos distintos das opções vindas do banco.
Em 18 jogos do campeonato até ao momento, o líder contou muito com o seu onze inicial para decidir jogos mais equilibrados, pois não foram as alterações do treinador que garantiram golos decisivos.
Ao contrário dos adversários rivais, que já retiraram dividendos diretos do banco para o somatório final de pontos, as águias não apresentam qualquer lucro nesse aspecto particular. No campeonato, só Penafiel e Estoril estão em idêntica situação.
Marco Silva é quem mais ganha com o banco ©Catarina Morais
Indo mais a fundo, o zerozero.pt procurou também saber qual a tendência de substituição nos três grandes, avaliando a média de minutos da primeira substituição e também a média da última.
Numa e noutra, o FC Porto e o Sporting apresentam-se bastante similares nos tempos de ação. Marco Silva e Lopetegui esperam, em média, 54 minutos para recorrer ao banco de suplentes pela primeira vez. Jorge Jesus demora mais três minutos, se bem que o treinador das águias foi quem mais fez a primeira substituição por limitações físicas dos jogadores, até ao intervalo.
No que diz respeito à derradeira substituição, a diferença é bastante mais considerável. Não entre FC Porto e Sporting, que apenas diferem por um minuto de média (78' no FC Porto, 79' no Sporting), mas sim em relação ao líder Benfica - por média, Jorge Jesus espera 88 minutos para operar a terceira substituição (contabilizando os jogos em que a fez, evidentemente).
Neste prisma, há a dizer que Lopetegui, que é o único dos três que fez sempre todas as substituições, nunca realizou qualquer mudança nos descontos: tirando na quarta jornada em Guimarães, onde mexeu aos 89 minutos, fez sempre a última no máximo até aos 83 minutos de jogo, o número mais frequente (em cinco jogos fez a terceira nesse minuto). Marco Silva só uma vez atuou no tempo de compensação de um desafio, no triunfo em casa sobre o Vitória de Setúbal (3x0).
Lopetegui nunca mexeu nos descontos ©Catarina Morais
O facto de o treinador das águias o fazer de forma tão tardia poderá estar ligado à maior tendência para estar a vencer nesse período. Só que, a avaliar pelo aproveitamento concreto dos suplentes utilizados (o que também está relacionado com a eficácia dos titulares), pode ser concluída uma menor confiança nas segundas escolhas.
*Num total de 54 possíveis (três por jornada) |
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NomeJorge Fernando Pinheiro de Jesus Nascimento/Idade1954-07-24(69 anos) FunçãoTreinador | |
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![Qualificação Mundial [CONMEBOL]](/img/bandeiras/35_comp_wc cmb.gif "Qualificação Mundial [CONMEBOL]"){kind=small}
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