FC Porto vence em Penafiel
Cha Cha Cha dança-se em qualquer palco (1x3)
Jackson Martínez capitaneou de forma decisiva o FC Porto para uma difícil vitória em casa do Penafiel. Num dos jogos com menor qualidade dos azuis e brancos esta época (por causa das condições do relvado), valeu o grande músculo da equipa e o desembaraço do seu capitão a encontrar caminho para bater um Penafiel aguerrido e crente enquanto pôde.
Péssimas condições atmosféricas
O dia foi de intensa chuva em Penafiel e, durante o desafio, o cenário continuou. Razão pela qual se assistiu a um relvado empapado, lamacento e que muito dificultou a tarefa dos atletas.
O jogo teve um lance que pareceu irregular e que resultou no golo inaugural dos azuis e brancos e teve, sobretudo, muita eficácia portista, já que o primeiro e o terceiro surgiram em alturas onde o ascendente da formação de Lopetegui era relativo.
Golos aos caídos
Não se pode dizer que foi de forma fortuita que os dois golos do FC Porto surgiram no primeiro. A equipa de Julen Lopetegui revelou algumas dificuldades iniciais (já lá vamos), mas não deixava de estar por cima no desafio. Não tinha criado nenhuma oportunidade até ao primeiro golo, mas a rotação que mostrava, bem mais forte que a do adversário, adivinhava que o golo pudesse aparecer mais depressa na baliza da casa.
Mas é verdade que também não podem ser camuflados os problemas de adaptação que a equipa teve e que fizeram com que alguns períodos do desafio parecessem estar a ser repartidos pelas duas formações.
O 0x0 era justo ao fim da primeira hora e era claro do que se tinha passado até então, no que a lances de golo diz respeito. Só que é realmente isso que interessa e, tal como tinha acontecido em Arouca e em Barcelos, os dragões usaram a eficácia para ficarem por cima de uma partida que estava a significar muitas dificuldades na adaptação a um clima bastante adverso ao estilo de futebol dos dragões.
Porém, o golo de Herrera desbloqueou todos esses problemas. Jackson Martínez foi lá a seguir e ampliou, em 15 minutos onde os dragões até podiam ter feito mais golos, perante um Penafiel que se desequilibrou posicionalmente.
Rabiola marcou e Quaresma saiu logo depois ©Catarina Morais
Golo para reavivar
Para o segundo tempo, pedia-se um FC Porto que justificasse uma vantagem que só 15 minutos tinham justificado. Porém, foi Rabiola quem marcou, aproveitando uma hesitação de Maicon e Casemiro e relançando o jogo.
A equipa da casa galvanizou-se e o FC Porto pareceu tremeu, não apenas pelo golo, mas também porque Julen Lopetegui, logo a seguir, deu à equipa um claro sinal de que havia receio por um resultado que não considerava totalmente a seu favor.
Lopetegui quis músculo
Depois de sofrer golo, o espanhol chamou de imediato Marcano e tirou Quaresma de campo. Ouviu assobios, mas ganhou consistência naquele que era o melhor período do Penafiel.
Os minutos seguintes foram de alguma tremideira no setor defensivo portista. Perante o empolgamento da formação de Rui Quinta, a equipa azul e branca demonstrou falta de calma com o esférico nos pés e permitiu a melhoria do adversário, que foi empurrado pela esperança, mas que voltou a cair com estrondo, quando nada o adivinhava. Num lance de grande mérito de Jackson Martínez e de Casemiro, os dragões recolocaram o marcador com dois de diferença.
Souberam, depois, gerir um desafio que decaiu de intensidade, porque o Penafiel acusou psicologicamente o revés e porque os dragões serenaram com bola, com Óliver Torres a subir de produção.